Terceirização

Sessão é suspensa, e líderes se reúnem para tratar do PL 4.330

Em clima de animosidade, parlamentares discutem sobre a retirada ou não da matéria da pauta, até o início de maio

J. Batista / Câmara dos Deputados

Eduardo Cunha (centro) preside sessão do plenário da Câmara que vota destaques do PL 4.330

Brasília – O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acaba de suspender a sessão que aprecia o Projeto de Lei (PL) 4.330, sobre a terceirização, e vai realizar uma reunião a portas fechadas com os líderes partidários sobre a emenda que pede a retirada do projeto da pauta, para que a discussão seja prolongada até o início de maio. Há muitas divergências entre os deputados sobre a permanência ou não do item “atividade-fim” no texto-base, o que permitiria a regulamentação da atividade em todos os setores.

Da votação observada até agora, orientaram suas lideranças para que votassem a favor do requerimento sete partidos: PT, PSDB, PRB, PSD, PDT, PCdoB e Psol. Votaram para que a votação seja concluída ainda hoje (ou seja, para a rejeição do requerimento) PMDB, PR, PV e SD. A liderança das minorias na Casa liberou seus parlamentares para votar da forma que acharem mais conveniente.

O pedido de suspensão da sessão e convocação da reunião com os líderes foi feito após o acirramento dos debates entre os deputados ao tratar da matéria, quando tanto oposicionistas como integrantes da base aliada começaram a tratar da prisão, hoje (15) pela manhã, do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, e darem inicio a uma agressiva troca de acusações entre governo e políticos oposicionistas. O presidente pediu foco na discussão da matéria.

O clima de animosidade também foi destacado pelo líder do governo na Câmara, deputado João Guimarães (PT-CE), que repetiu declarações dadas no início da tarde de que, a perdurar uma polarização, sem tempo para melhor apreciação ou discussão saudável da matéria, é preferível que haja, de fato, um adiamento.

Outro que pediu a retirada do PL 4.330 da pauta foi o líder do Psol, Chico Alencar (RJ). Ao discursar, ele enfatizou que o presidente da Câmara deveria suspender a sessão como forma de demonstrar “sabedoria legislativa e que possui capacidade de diálogo”.