Frente

Entidades lançam fórum de movimentos sociais em São Paulo

Encontro busca bandeiras que unifiquem agenda oposicionista de esquerdas no estado

CUT/SP

Coletivos teatrais abriram fórum, marcando também Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo

São Paulo – Cerca de 50 entidades participam na noite de hoje (13) do lançamento do Fórum dos Movimentos Sociais do Estado de São Paulo, entre as quais CUT, Central de Movimentos Populares (CMP), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Levante Popular da Juventude, União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE) e União de Negros pela Igualdade (Unegro), entre outras.

“Temos muita articulação nacional, mas pouca articulação no estado de São Paulo. Era preciso um fórum que pensasse os problemas do estado, com ações, defesa de projetos. A intenção do fórum  é que ele seja permanente”, diz a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Juvandia Moreira. A quadra da entidade, no centro de São Paulo, sedia o encontro. “O fórum surge como projeto para pensar São Paulo a longo prazo. O que a gente quer para São Paulo daqui a 20 anos, na indústria, no campo, na agricultura familiar, saúde, educação?”

A ideia é construir uma agenda que promova a unidade da esquerda em torno de bandeiras progressistas no estado de São Paulo, governado pelo PSDB há 20 anos, promovendo o debate de políticas públicas e o aprofundamento da discussão sobre alternativas para o desenvolvimento do estado fazem parte da pauta.

O ato de lançamento marca também o posicionamento das entidades paulistas  contra o Projeto de Lei 4.330 (o PL da Terceirização), além das medidas provisórias 664 e 665, que “dificultam o acesso” a benefícios sociais, tais como seguro-desemprego e pensão por morte.

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Homenagem ao povo negro abre lançamento de fórum

Por Vanessa Ramos, da CUT-SP

Um espetáculo formado por diferentes coletivos teatrais abriu o lançamento do Fórum dos Movimentos Sociais de São Paulo nesta terça (13), Dia Nacional de Denúncia Contra o Racismo. A Quadra dos Bancários, no centro da capital paulista, reuniu diferentes organizações do segmento sindical, popular urbano, rural, juventude, mulheres, negros e negras.

Em memória aos 127 anos de abolição inacabada, uma atriz negra trouxe a questão racial, do povo negro e quilombola – um dos eixos no qual o Fórum pretende trabalhar ao tratar sobre a violência, as cotas nas universidades paulistas e o genocídio da juventude negra no estado de São Paulo. “Todos somos seres humanos e livres. Somos da África, livres na África”. Com essa frase, os atores lembraram os povos da diáspora que foram trazidos ao Brasil para serem escravizados.

O Projeto de Lei 4.330 que pretende ampliar a terceirização de forma irrestrita no Brasil, a redução da maioridade penal e as Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665, que irão alterar direitos básicos dos trabalhadores, foram abordados na mística, para mostrar como a atual conjuntura irá prejudicar a classe trabalhadora. “Isso vai beneficiar a elite branca burguesa”, cantaram em coro na apresentação.

A violência contra as mulheres também foi apresentada, para ressaltar a importância da Lei Maria da Penha. “Quem ama não bate, não humilha e não maltrata”, diziam. Logo depois, com dança, parodiaram a ampla jornada de trabalho a que estão submetidos os trabalhadores no país.

Em breve, mais informações

 

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