‘Eleição em Porto Alegre é resultado de ambiente de criminalização da esquerda’
Para deputado Henrique Fontana, capital gaúcha não ter candidato no segundo turno 'está dentro contexto nacional em que há uma operação enorme e um ambiente de golpe na democracia brasileira”
Publicado 02/10/2016 - 21h10
São Paulo – Com a definição dos candidatos Sebastião Melo (PMDB), atual vice-prefeito, e do deputado federal Nelson Marchezan Júnior (PSDB) para disputar o segundo turno, Porto Alegre não terá nenhum representante da esquerda na eleição do dia 30.
“O resultado está dentro do contexto nacional em que há uma operação enorme e um ambiente de golpe na democracia brasileira”, diz o deputado federal Henrique Fontana (PT-RS). Esse ambiente é o “de criminalização da esquerda e do PT”. “Este, na minha opinião, é o fator preponderante do resultado.”
O resultado surpreendeu, já que a capital do Rio Grande do Sul foi uma das que se destacaram na resistência ao golpe parlamentar que derrubou Dilma Rousseff da Presidência da República.
A apuração na capital gaúcha foi encerrada. Marchezan teve 29,84% dos votos, contra 25,93% de Nelo. O candidato do PT, Raul Pont, obteve 16,67%, e a outra candidata do campo esquerrdista, Luciana Genro (Psol), conseguiu 12,06%.