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Ele Não. Militância resgata trabalho das mulheres nas ruas contra Bolsonaro

Com uma mesinha, café e bolo, militantes voltam a ocupar praças oferecendo uma conversa amistosa sobre eleições e as diferenças entre os projetos defendido por Lula e Bolsonaro

Reprodução/Instagram
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Gregório Duvivier e a vereadora Tainá de Paula (PT-RJ): mais que panfletagem, muita conversa para virar voto

São Paulo – A duas semanas do segundo turno das eleições, a militância resgata o trabalho das mulheres que em 2018 deixaram as redes sociais e ocuparam praças em diversas partes do Brasil para explicar para as pessoas o movimento #EleNão, contra a eleição de Jair Bolsonaro. Mulheres anônimas, ao lado de artistas conhecidas de novelas foram ás ruas oferecer para quem passasse uma fatia de bolo, um café, um doce ou um refresco, tudo em troca de uma conversa para falar de política e da diferença entre os dois projetos de nação defendidos pelo então candidato do PSL e Fernando Haddad (PT), que assumia a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, impedido por uma condenação sem prova que mais tarde seria revogada.

Era uma época em que o movimento feminista levava para as ruas, diversas vezes, grandes manifestações contra a eleição de Bolsonaro, que repercutiram internacionalmente. Celebridades como Madonna, Dua Lipa e tantas outras usaram suas redes sociais para apoiar os atos. E repudiar a eleição de Bolsonaro, que ganhou diversos apelidos.

O tempo passou e a história se repete. De um lado um projeto democrático, com aprovação de todo o campo progressista, inclusive internacional, apoiado por toda a sociedade civil, enfrenta o mesmo projeto autoritário. Projeto esse que, como as mulheres já alertavam sobre Bolsonaro, tanto mal trouxe ao país e não apenas para elas. E por isso esse trabalho de esclarecimento contra as mentiras são uma das estratégias da militância que volta a ser adotada.

O ator, escritor e humorista Gregório Duvivier esteve na manhã de hoje com a vereadora do Rio de Janeiro Tainá de Paula (PT) fazendo esse trabalho na Praça Saens Peña, no bairro da Tijuca, zona norte do Rio. “A militância mais animada que eu ja vi. Ficar parado nesse segundo turno pode ser muito angustiante. Não tem nada mais terapêutico que o corpo a corpo. Não podemos ficar parados! Precisamos botar a estrela no peito e o bloco na rua todo dia até o dia 30”, disse, por meio de sua conta no Instagram.