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Dilma confirma que governo terá novos ministros em 2014

Em visita ao Peru, presidenta participa de encontro de empresários e amplia relações bilaterais com o país vizinho

Roberto Stuckert Filho / PR

Dilma participa de Foro de empresários, em Lima, no Peru

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff confirmou ontem (11) à noite que, na medida em que alguns ministros decidam deixar o governo para concorrer às eleições de 2014, fará substituições no primeiro escalão, em vez de simplesmente promover os respectivos secretários executivos a titulares de suas pastas.

A declaração foi dada em rápida entrevista a repórteres que a acompanham em visita oficial ao Peru. “Eu vou fazer substituições”, disse Dilma encerrando a entrevista.

Integrados

Pouco antes da entrevista, no encerramento do Foro Empresarial Brasil-Peru, em Lima Dilma afirmou que os avanços alcançados na última década devem-se, em grande parte, à decisão dos governos de Brasil e Peru de optarem pela via da integração como parte dos projetos nacionais de desenvolvimento.

“Nesses dez anos, as relações entre o Peru e o Brasil registraram avanços notáveis (…) O comércio bilateral cresceu quase seis vezes, passando de 650 milhões de dólares para 3,7 bilhões de dólares. Só nos primeiros nove meses deste ano, o fluxo comercial bilateral cresceu 7% e as exportações do Peru para o Brasil, 50%. O que contribui para reduzir o déficit peruano e equilibrar o comércio bilateral. O Brasil é hoje o terceiro principal fornecedor ao Peru de produtos importados e oitavo principal comprador de produtos peruanos (…) Essa evolução é, em grande medida, o resultado da progressiva eliminação das barreiras tarifárias e não tarifárias entre nossos países”, disse.

Aos empresários, Dilma afirmou que o aprofundamento das relações econômicas entre Peru e Brasil tem sido acompanhado, e estimulado, por projetos estruturais de integração. Ela citou como exemplo a inauguração, em 2011, da Rodovia Inter-Oceânica, que conecta portos peruanos no Pacífico à cidade de Assis Brasil, no Acre, além de antecipar que os países planejam novas obras de infraestrutura.

“Precisamos avançar em novos eixos de integração, sobretudo em favor da articulação ferroviária e hidroviária entre nossos países. É preciso o quanto antes iniciar os estudos técnicos pertinentes. Queremos viabilizar o Eixo Multimodal do Amazonas e definir os grupos de trabalho”, disse.

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