DF tem 10 candidatos em eleição indireta

São Paulo – Dez chamas apresentaram-se para a eleição indireta ao governo do Distrito Federal (DF). Nesta quarta-feira (7), às 18h, terminou o prazo de inscrição. O governador será eleito […]

São Paulo – Dez chamas apresentaram-se para a eleição indireta ao governo do Distrito Federal (DF). Nesta quarta-feira (7), às 18h, terminou o prazo de inscrição. O governador será eleito pelos deputados distrais para um mandato-tampão até 31 de dezembro deste ano, já que em outubro os brasilienses vão eleger um novo governador para o DF. O PSDB e o DEM não apresentaram nomes.

Até a manhã desta quarta, nenhuma inscrição havia sido confirmada. Nilton Reis e Déborah Achcar formam a chapa do PV. Wilson Lima (PR), governador em exercício, também é candidato, com Izalci Lucas (PR). Do PCdoB, concorrem Messias de Souza e Olgamir Amância. O presidente regional do PSL, Newton Lins, vai para a votação com Paulo Vasconcelos (PTN) como vice.

As outras chapas são: Virgílio Macedo e Waldenor Paraense (PSDC); Luiz Filipe Ribeiro Coelho e João Estênio Campelo Bezerra (PTB); Aguinaldo Silva de Oliveira e Roberto Wagner Monteiro (PRB); Antônio Ibañez Ruiz e Cícero Batista Araújo Rola (PT); José Carlos Pereira e Simone Ribeiro Nunes (PRTB); e Rogério Schumann Rosso e Ivelise Maria Longhi Pereira da Silva (PMDB).

A eleição indireta está marcada para o dia 17 de abril. A posse deve ocorrer dois dias depois, no aniversário de 50 anos da capital federal, às 10h, em sessão solene na Câmara Legislativa. Para ganhar a eleição, os candidatos terão que obter um mínimo de 13 votos.

Ao Blog da Paola Lima, o deputado distrital Chico Leite (PT) declarou acreditar que é possível alcançar consenso entre as forças partidárias em torno de uma única candidatura. “Ninguém quer ser o perdedor neste processo”, disse.

Desde novembro de 2009, o DF enfrenta uma crise política desencadeada por investigações da Polícia Federal. A Operação Caixa de Pandora investiga um esquema de corrupção envolvendo membros do primeiro escalão da gestão do ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM, sem partido), além de deputados distritais.

Candidaturas registradas:

1) 
Partido Verde (PV):
Governador: Nilton Reis
Vice-governador: Deborah Achcar

2) 
Partido Social Liberal (PSL)/Partido Trabalhista Nacional (PTN):
Governador: Newton Lins Teixeira de Carvalho
Vice-governador: Paulo Fernando Santos de Vasconcelos

3) Partido Comunista do Brasil (PCdoB):
Governador: José Messias de Souza
Vice-governador: Olgamir Amancia Ferreira

4) 
Partido Social Democrata Cristão (PSDC):
Governador: Virgílio Macedo
Vice-governador: Waldenor Paraense

5) 
Partido Republicano (PR):
Governador: Wilson Lima
Vice-governador: Jucivaldo Salazar

6) 
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB):
Governador: Luiz Filipe Ribeiro Coelho
Vice-governador: João Estênio Campelo Bezerra

7) 
Partido Republicano Brasileiro (PRB):
Governador: Aguinaldo Silva de Oliveira
Vice-governador: Roberto Wagner Monteiro

8) 
Partido dos Trabalhadores (PT):
Governador: Antônio Ibañez Ruiz
Vice-governador: Cícero Batista Araújo Rola

9) 
Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB):
Governador: José Carlos Pereira
Vice-governador: Simone Ribeiro Nunes

10) 
Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB):
Governador: Rogério Schumann Rosso
Vice-governador: Ivelise Maria Longhi Pereira da Silva

Arruda está preso desde fevereiro, na Superintendência da PF, acusado de envolvimento em uma tentativa de suborno a testemunha. Por ter se desligado do DEM para evitar a expulsã, teve seu mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF) por infidelidade partidária

O vice-governador eleito, Paulo Octávio (ex-DEM, sem partido) renunciou ao cargo poucos dias depois de assumi-lo. Wilson Lima, presidente da Câmara Legislativa tomou posse e convocou as eleições indiretas.

Intervenção

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, declarou estar disposto a pedir intervenção federal no DF. Como 10 dos 23 deputados são citados no inquérito da PF, a decisão estaria desqualificada. “Com esses eleitores, que governador terá o Distrito Federal?”, critica Gurgel à Agência Estado.

“A situação no Distrito Federal continua extremamente grave. Tem se passado uma aparência de normalidade, mas isso é só na superfície. O Ministério Público continua convencido de que a intervenção federal é a única alternativa”, diz o procurador-geral.

Com informações da Agência Brasil