CUT pede que Lula confirme reajuste de 7,7% para aposentadorias

Central também espera que presidente sancione o fim do fator previdenciário; para entidades, debate poderia ter sido aprofundado

Aposentados pressionaram por aprovação de reajuste no Congresso (Foto: Rodolfo Stuckert/Agência Câmara)

São Paulo – A executiva nacional da CUT divulgou nota por meio da qual pede ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que sancione o aumento de 7,7% para aposentadorias acima do salário mínimo e o fim do fator previdenciário. “O reajuste vai beneficiar mais de oito milhões de brasileiros e brasileiras e funcionar como mais um fator de incremento da renda.

O fim do fator corrige uma série de injustiças iniciadas em 1999, durante o governo FHC”, diz a nota da entidade. “Deixamos claro, igualmente, que somos contrários à proposta de idade mínima, mencionada por alguns parlamentares como alternativa ao fator previdenciário. A idade mínima penalizaria quem começa a trabalhar bastante jovem”, acrescenta a CUT.

Para a central, o debate sobre a correção das aposentadorias acima do mínimo “poderia ter sido mais amplo e profundo, indo além do reajuste do período e criando uma política de valorização permanente das aposentadorias e pensões, a exemplo da que conquistamos para o salário mínimo – que atende 18,3 milhões de aposentados, ou 69%  do total, além de outros 25 milhões de brasileiros que dele dependem direta ou indiretamente”. Infelizmente, diz a nota, “essa discussão estacionou no Congresso, desde o ano passado”.

A CUT pede uma mesa permanente de negociação, com participação do governo e de representantes dos aposentados, “para construção de uma política de valorização não só das aposentadorias, mas das condições de vida dos idosos”. E afirma que não deixará “de apresentar propostas e pressionar pela criação dessas políticas”.