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Aliados de Bolsonaro são alvo de busca e apreensão em inquérito de atos fascistas

Investigação do STF busca descobrir origem do financiamento das manifestações pró-ditadura

Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Vinicius Loures/Câmara dos Deputados
Daniel Silveira quebrou a placa em homenagem a vereadora Marielle Franco e já agrediu um jornalista na Câmara

São Paulo – Aliados do presidente Jair Bolsonaro foram alvos de busca e apreensão, na manhã desta terça-feira (16), pela Polícia Federal. Eles são investigados no inquérito sobre financiamento de manifestações fascistas e pró-ditadura que ocorrem há semanas. Ao todo, 21 mandados foram solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Entre aliados de Bolsonaro alvos da operação, está o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), que teve residência e gabinete vasculhados. Os policiais também fazem ações nos endereços do blogueiro Allan dos Santos, do site Terça Livre, e do advogado Luís Felipe Belmonte. Ontem (15), no mesmo inquérito sobre protestos antidemocráticos, a ativista Sara Winter, do grupo de extrema direita 300 do Brasil, foi presa após operação da PF.

Atos antidemocráticos

O inquérito para investigar os atos fascistas e pró-ditadura no país foi autorizado por Alexandre de Moraes, após as manifestações realizadas em 19 de abril. O pedido de investigação foi feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.

O objetivo da PGR é apurar possível violação da Lei de Segurança Nacional por “atos contra o regime da democracia brasileira”. Além disso, a Constituição proíbe o financiamento e a propagação de ideias contrárias ao Estado democrático de direito.

Sara Winter foi presa após Moraes atender a um pedido do Ministério Público Federal, a partir de indícios de que seu grupo está organizando e captando recursos financeiros para ações que se enquadram na LSN.