Procuradoria Geral do Egito determina congelamento de bens da família Mubarak

São Paulo – Bens da família de Hosni Mubarak pelo mundo podem ser congelados, a pedido da procuradoria-geral do Egito. Estima-se a fortuna do ex-ditador do país em US$ 40 […]

São Paulo – Bens da família de Hosni Mubarak pelo mundo podem ser congelados, a pedido da procuradoria-geral do Egito. Estima-se a fortuna do ex-ditador do país em US$ 40 bilhões a US$ 70 bilhões. O pedido à justiça foi oficializado nesta segunda-feira (21) e estende-se à ex-primeira-dama Suzanne e os filhos, Alaa e Gamal, além das duas noras.

A movimentação do procurador-geral do Egito Abdel Méguid Mahmoud ocorreu uma semana depois de pedidos semelhantes de autoridades egípcias a países europeus como o Reino Unido e a Alemanha. Antes, porém, foram incluídas outras figuras afastadas do poder no país, sem envolver Mubarak.

O ex-presidente permanece no balneário de Charm el-Cheikh, no Mar Vermelho. Ele tem recursos investidos em bancos e fundos em Londres (Grã-Bretanha), Paris (França), Madri (Espanha), Frankfurt (Alemanha), Dubai (Emirados Árabes), Washington e Nova York (Estados Unidos), segundo dados da IHS Global Insight, empresa que faz análises econômicas e financeiras.

Mubarak renunciou no último dia 11, pressionado por manifestações populares e cobranças de líderes estrangeiros. Ele deixou o poder sob a acusação de exercer um governo autoritário, de violações aos direitos humanos e enriquecimento ilícito. O ex-presidente ficou quase 30 anos no comando do Egito.

Candidato

No sábado, o secretário-geral da Liga Árabe, Amre Mussa, anunciou sua disposição de apresentar-se como candidato a presidente do Egito nas próximas eleições, previstas para setembro.  Ainda não há outros candidatos.

O Conselho Supremo das Forças Armadas, que assumiu o poder após a renúncia do presidente Hosni Mubarak, há oito dias, manifestou a intenção de realizar comícios em um prazo de seis meses, mas ainda não há uma data concreta.

O diplomata egípcio, de 74 anos, é secretário-geral da Liga Árabe, integrada por 22 países do Norte de África e da Ásia, desde 2001. Mussa se define, segundo a agência de notícias alemã DPA, como um político liberal decidido a lutar contra a corrupção, a impulsionar a independência da Justiça e a adotar uma posição crítica em relação a Israel.

Com informações da Agência Brasil