São Paulo – Os maiores aliados internacionais do presidente Hugo Chávez expressaram entre ontem e hoje (6) suas condolências pela morte do líder venezuelano. Em Teerã, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, emitiu uma nota dizendo que a Venezuela perdeu um “filho valente” e o planeta, “um líder sábio e revolucionário”.

De acordo com o governante xiíta, “Chávez é um símbolo de todos os combatentes e revolucionários da história gloriosa e trágica da América Latina, e é um exemplo da vontade libertária da nação latino-americana, da bandeira alçada das lutas anticoloniais em busca de justiça e da fraternidade entre as nações do mundo”.

Assim como muitos simpatizantes do presidente venezuelano, Mahmoud Ahmadinejad acredita que Chávez continua vivo. “Continuará vivo enquanto as nações estiverem vivas e se esforçarem para estabelecer a independência, a bondade e a justiça no mundo.”

Na Bielorrúsia, as bandeiras estão a meio mastro por determinação do presidente Alexander Lukashenko, que também mantinha aliança estreita com o governo da Venezuela. “A nação compartilha a dor da perda com o povo venezuelano”, disse a agência oficial bielorrusa Belta.

O governo chinês também fez chegar a Caracas suas condolências. Por meio do porta-voz do Ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying, o presidente da China, Hu Jintao, e o secretário-geral do Partido Comunista, Xi Jinping, manifestaram sua grande consideração pela amizade de Hugo Chávez.

“O presidente foi um inquestionável líder da Venezuela e um grande amigo do povo chinês”, disse Hua, de acordo com a agência oficial Xinhua. O porta-voz atestou que Chávez contribuiu grandemente para o avanço das relações entre China e Venezuela.

O presidente russo, Vladimir Putin, também enviou uma mensagem ao aliado latino-americano honrando a memória de Hugo Chávez. Segundo agências internacionais, a morte do presidente ocorreu no mesmo dia em que a Rússia recordava o 60º aniversário da morte do líder soviético Josef Stalin.

“Era um homem fora do comum e forte, que olhava para o futuro e que sempre foi extremamente exigente consigo mesmo”, escreveu Putin, destacando que Chávez foi um “amigo próximo da Rússia”, que permitiu estabelecer as “bases sólidas para uma associação Rússia-Venezuela, estabelecer contatos políticos ativos e lançar grandes projetos humanitários e econômicos” entre os dois países.