Justiça egípcia ordena bloqueio de fundos de vários líderes islamitas

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Wikimedia/CC

Um dos líderes da Irmandade Muçulmana afetado pela decisão foi o guia espiritual Mohammed Badiya

Cairo – O procurador-geral do Egito, Hisham Barakat, ordenou hoje (14) o congelamento temporário dos fundos de mais de dez dirigentes da Irmandade Muçulmana, de grupos salafistas e do radical Gamaa al Islamiya.

Entre os líderes afetados por esta decisão se destaca o guia espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohammed Badiya, e o presidente do braço político da organização, o Partido Liberdade e Justiça (PLJ), Saad Katatni.

Segundo a agência oficial de notícias Mena, o Ministério Público adotou esta resolução no curso de investigações por vários episódios violentos ocorridos no Cairo desde o golpe de Estado que depôs o islamita Mohammed Mursi no último dia 3.

Os confrontos envolveram islamitas favoráveis a Mursi, membros das forças de segurança e opositores ao presidente deposto.

Estes enfrentamentos ocorreram na sede da Guarda Republicana, onde morreram pelo menos 51 pessoas há uma semana, na praça da Universidade do Cairo e nos arredores da sede da Irmandade Muçulmana e do palácio presidencial de Itihadiya.

Outros líderes cujos fundos a Procuradoria ordenou o bloqueio hoje são o “número dois” da Irmandade, Khairat al Shater, o vice-presidente do PLJ, Essam al Arian, e destacados membros do grupo como Mohammed al Beltagui e Safwat Higazi.

A Procuradoria pediu ao ministro do Interior, Mohammed Ibrahim, e aos dirigentes do Serviço Secreto e da Segurança do Estado que averiguem os fatos e identifiquem os culpados.

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