Conflito

Forças da Rússia tomam usina nuclear no sul da Ucrânia

Instalação é a maior da Europa. Cerca de 25% da energia ucraniana é fornecida pela usina

Reprodução / Y.Tube
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Incêndio na usina atingiu cerca de 2.000 metros quadrados, segundo o Serviço de Emergência Estatal ucraniano

São Paulo – As forças da Rússia tomaram na madrugada desta sexta-feira (4) a usina nuclear de Zaporozhie, no sul da Ucrânia. Um bombardeio russo provocou um incêndio no território da usina. A instalação encontra-se na cidade de Energodar e é a maior usina nuclear na Europa. Cerca de 25% da energia ucraniana é fornecida pela usina, o que também a torna um ativo central para qualquer força invasora ou defensora.

Na segunda-feira (28), o Ministério da Defesa da Rússia informou que as tropas russas assumiram o controle sobre a cidade. O incêndio na usina atingiu cerca de 2.000 metros quadrados, segundo o Serviço de Emergência Estatal ucraniano.

O fogo foi eliminado às 06h20, no horário local, e, de acordo com os dados da entidade, não foram registradas vítimas. A Agência Internacional de Energia Atômica disse também que o incêndio não afetou o equipamento essencial da usina, enquanto o Departamento de Energia dos EUA confirmou não ter detectado aumento do nível de radiação no local.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, prometeu em telefonema com o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, que vai organizar uma reunião emergencial do Conselho da Segurança da ONU em relação ao incidente.

Pedido de cessar-fogo

Nesta quinta-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro teve uma conversa telefônica com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que durou 15 minutos. Segundo a informação divulgada pelo governo do Reino Unido, os mandatários discutiram a operação militar especial da Rússia na Ucrânia e concordaram em “pedir um cessar-fogo urgente” no país do Leste Europeu. O Planalto ainda não comentou o telefonema.

Rússia e Ucrânia concordam em criar ‘corredores humanitários’, mas conflito continua

Os dois líderes afirmaram acreditar na “importância da estabilidade global” e ressaltaram que “a paz deve prevalecer”. O premiê apontou que “civis inocentes estão sendo mortos e cidades destruídas”, e que os dois países devem “cobrar o fim da violência” na Ucrânia. Boris Johnson também afirmou que espera cooperar com Bolsonaro em assuntos bilaterais como segurança e comércio.

Normas sanitárias

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu ontem (3) um pedido à Casa Civil para flexibilizar as normas sanitárias para quem chega ao Brasil fugindo do conflito na Ucrânia. De acordo com o pedido, a vacinação completa não é obrigatória, mas apenas incentivada. As pessoas com testes para a COVID-19 positivos devem ser acomodadas de tal modo que fiquem distantes de outros passageiros.

Com informações da agência Sputnik e Folha de S.Paulo