Guerra em Israel

Confirmadas mortes de dois brasileiros no conflito em Israel; uma terceira está desaparecida

A brasileira Karla Stelzer, carioca de cidadania israelense, está desaparecida desde sábado, quando Hamas atacou Israel. Os dois mortos e a desaparecida estavam em rave perto de Gaza

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Ranani Glazer e Bruna Valeanu estavam na festa rave Universo Paralello quando os combatentes islâmicos chegaram

São Paulo – Já estão confirmadas as mortes dos brasileiros Bruna Valeanu e Ranani Nidejelski Glazer no conflito entre o grupo Hamas e Israel, desencadeado no sábado (7). Ambos estavam na festa rave Universo Paralello com amigos, no território israelense, mas próximo à Faixa de Gaza, quando os combatentes islâmicos chegaram e iniciaram o ataque. Desde então Bruna estava desaparecida. A morte da jovem foi confirmada nesta terça-feira (10) pela família. A de Ranani, pelo governo brasileiro ontem.

O Itamaraty já havia confirmado que Glazer estava morto. “O Governo brasileiro tomou conhecimento, com profundo pesar, do falecimento do cidadão brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, natural do Rio Grande do Sul, vítima dos atentados ocorridos no último dia 7 de outubro, em Israel”, disse o Ministério das Relações Exteriores em nota na segunda (9).

Bruna tinha 24 anos. Estava em Israel fazia 8 anos e estudava comunicação e marketing. Florica, sua irmã mais velha, que também mora em Israel, falou ao g1 que o exército israelense informou que tinha encontrado o corpo da estudante. O enterro está previsto para a noite desta terça (tarde no Brasil).

“Minha mãe teve um pressentimento nesse dia, ela não sabia que a festa seria perto de Gaza. Minha mãe falou: ‘Bruna, não vai na festa’. Minha mãe teve esse pressentimento”, relatou Florica. A irmã e a mãe moram em Israel, enquanto uma segunda irmã, Nathalia, está no Rio de Janeiro.

“Cena de filme”, disse jovem antes de morrer

Ranani gravou um vídeo antes de desaparecer e postou em redes sociais. Afirmou que a situação parecia “cena de filme”. Ele estava na rave com a namorada, Rafaela Treistman, no momento do ataque.

“No meio da rave a gente parou num bunker. Começou uma guerra em Israel. Pelo menos a gente tá num bunker agora, seguro, vamos esperar dar uma baixada nisso. Mas, cara, foi cena de filme”, disse ele antes de morrer.

Natural de Porto Alegre, Ranani estava havia sete anos em Israel e tinha cidadania israelense. Morava na capital, Tel Aviv, com amigos. Ele serviu no exército de Israel por três anos.

Outra brasileira está desaparecida

Outra brasileira, Karla Stelzer Mendes, carioca de cidadania israelense, está desaparecida. Ela está (ou estava) no país com o namorado e tem um filho de 19 anos, que faz parte do Exército local. Karla também estava na rave. Segundo o Uol, é professora e vive em Beit Ezra, a 46 km de Tel-Aviv.


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