Bolívia dá largada a disputa presidencial

Oito candidatos concorrem ao Palácio Quemado na votação de dezembro, marcada por divisões entre a oposição

O presidente da Bolívia, Evo Morales, é favorito a conseguir a reeleição em dezembro (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom. Agência Brasil)

Depois de muitas especulações, a Bolívia finalmente conhece os candidatos que estarão na cédula eleitoral em dezembro. Além da dupla Evo Morales – Álvaro García Linera, outros sete “binômios”, como gostam de falar os bolivianos, estarão na disputa presidencial.

Com poucas chances de ser surpreendido na disputa principal, o governo aposta na formação de um bloco forte na Assembleia Plurinacional, que terá a primeira eleição agora no fim do ano. Hector Arce, ex-ministro de defesa de Morales e agora primeiro candidato a deputado por La Paz, afirmou que “esta é uma fórmula ganhadora que representa a revolução democrática e cultural e representa todos os movimentos sociais. Esperamos a formação de uma Assembleia Plurinacional verdadeiramente representativa e genuína”.

A principal chapa de oposição tem à sua frente Manfred Reyes Villa, ex-governador de Cochabamba que teve o mandato revogado no referendo de agosto do ano passado. O vice dele é o ex-governador de Pando, Leopoldo Fernández, que está preso acusado de ser o mentor intelectual do massacre ocorrido pouco depois do referendo de 2008.

À esquerda de Morales está a dupla encabeçada pelo indígena Alejo Véliz. Desistiram de participar da disputa o ex-presidente Tuto Quiroga e a analista política Jimena Costa, que havia manifestado à reportagem da Rede Brasil Atual que só seguiria adiante se houvesse consenso em torno de um nome.