Província de Yunnan

Terremoto no sudoeste da China deixa ao menos 150 mortos e 1.300 feridos

Tremores ocorreram em reflexo a terremoto no Tibet; último incidente na região, de atividade sísmica frequente, foi em 2012 e deixou 80 mortos

O terremoto de 6,5 graus na escala Richter que atingiu a província de Yunnan neste domingo, no sudoeste da China, já deixou 150 pessoas mortas, e 1.300 feridas, além de pelo menos 180 estarem desaparecidas.

De acordo com o Centro Sismológico da China, o terremoto aconteceu às 16h30 (05h30 em Brasília) com epicentro no condado de Ludian, de 296 mil habitantes, pertencente à cidade de Zhaotong, em Yunnan.

É uma área remota da província, quase exclusivamente agrícola.

O terremoto derrubou e danificou milhares de edifícios, principalmente construções antigas e residenciais, detalhou a agência “Xinhua”.

Oficiais de polícia e paramilitares já se deslocaram para a região, e começaram a montar duas mil barracas, levando três mil camas e três mil cobertores à região.

A administração provincial de Yunnan enviou uma equipede emergência de 30 pessoas ao epicentro do terremoto para avaliar a situação.

Segundo o jornal “South China Morning Post”, o tremor pôde ser sentido em cidades próximas, como a capital provincial, Kunming, além de em Chongqing, Leshan e Chengdu, na província vizinha de Sichuan.

Alguns moradores já publicaram imagens das consequências do terremoto, em que é possível ver janelas e portas rotas ou paredes danificadas.

“Senti uma forte sacudida em meu apartamento, no quinto andar, e alguns objetos pequenos começaram a cair das estantes”, contou um morador de Ludian à “Xinhua”.

As pessoas saíram correndo de suas casas para a rua, e os serviços de luz e comunicações foram afetados.

Este tremor aconteceu poucas horas depois de outro atingir a região ocidental do Tibete, às 14h (3h em Brasília), mas sem vítimas.

Zhaotong está a 300 quilômetros de Kunming, a capital provincial, onde em setembro de 2012 um terremoto de 5,7 graus deixou mais de 80 mortos e feriu mais de 800 pessoas.

O sudoeste da China é uma zona de frequente atividade sísmica e, nesta época do ano, também sofre com intensas chuvas, como as que mês passado causaram sérias inundações e deslizamentos de terra.