São Paulo – As vendas no comércio cresceram 7,3% no primeiro semestre em relação a igual período de 2010, enquanto a receita nominal aumentou 12,2%,  informou nesta quinta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE). De maio para junho, houve desaceleração e o volume ficou praticamente estável (0,2%), enquanto a receita cresceu 0,6% – com isso, nessa comparação, as vendas cresceram pelo segundo mês seguido e a receita sobe há 15 meses. Na comparação com junho do ano passado, as vendas sobem 7,1% e a receita 12,1%. Nos últimos 12 meses, essas altas são de 8,9% e 13,3%, respectivamente.

Entre os destaques na primeira metade de 2011, estão as altas em vendas de móveis e eletrodomésticos (17,7%), veículos e motos (12,1%) e material de construção (12,6%). Na comparação de junho com igual mês de 2010, todas as oito atividades do varejo pesquisadas pelo IBGE registraram aumento, atingindo 16,3% para móveis e eletrodomésticos, 2,7% para hipermercados e supermercados, 12% em tecidos, vestuário e calçados e 34,3% para equipamentos e materiais para escritório.

De acordo com o instituto, o setor de móveis e eletrodomésticos foi o responsável pela principal contribuição (37%) no crescimento geral na comparação com junho de 2010 (alta de 16,3%). “A atividade teve seu resultado explicado pela manutenção do crescimento do emprego e do rendimento, bem como pela queda dos preços dos eletrodomésticos”, diz o IBGE, acrescentando que isso se contrapôs “aos efeitos das medidas macroprudenciais implementadas pelo governo”. Na comparação entre maio e junho deste ano, no entanto, o setor mostrou leve retração (-0,2%).

Já a atividade de supermercados, que inclui produtos alimentícios e bebidas foi responsável pelo segunda maior contribuição na taxa geral. Também nesse caso, o desempenho foi influenciado pelo aumento de poder de compra da população. “Porém, o resultado abaixo da média pode ser atribuído ao comportamento dos preços no setor, que cresceram acima da média no período de 12 meses.”