Taxa de desemprego em setembro foi a menor da série histórica

Segundo o IBGE, os 6,2% representam o melhor resultado desde 2002, quando a metodologia foi alterada. Renda também é a maior em oito anos. Em 12 meses, regiões pesquisadas têm 762 mil ocupados a mais e 319 mil desempregados a menos

São Paulo – Em trajetória de queda há quatro meses, a taxa média de desocupação calculada pelo IBGE em seis regiões metropolitanas atingiu 6,2% em setembro, o menor nível da série histórica da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), iniciada em março de 2002, ano em que a metodologia foi alterada. Segundo o instituto, a taxa recuou 0,5 ponto percentual em relação a agosto e 1,5 ponto na comparação com setembro do ano passado.

Em 12 meses, as seis regiões pesquisadas (Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo) têm 443 mil pessoas a mais na População Economicamente Ativa (PEA), 762 mil ocupados a mais e 319 mil desempregados a menos. São 22,282 milhões de ocupados e 1,480 milhão de desempregados – pela primeira vez, esse número ficou abaixo de 1,5 milhão. A média de janeiro a setembro da taxa de desocupação foi estimada em 7,1%, ante 8,4% em igual período de 2010. O emprego formal e a renda também cresceram, com o salário atingindo o maior valor em oito anos.

De acordo com o IBGE, a população ocupada cresceu 0,7% ante agosto e 3,5% sobre setembro de 2010. Já o número de desempregados recuou 7,5% no mês, o equivalente a 120 mil a menos, 17,7% em um ano. Os trabalhadores com carteira assinada (aproximadamente 10,3 milhões) cresceu 8,6% ano, o equivalente a 816 mil pessoas a mais com emprego formal. Eles representam mais da metade (51,1%) dos ocupados.

Já o rendimento médio (estimado em R$ 1.499) subiu 1,3% na comparação mensal e 6,2% no ano. A massa de rendimentos somou R$ 33,8 bilhões em setembro, crescimento de 2,1% sobre agosto e de 10,1% na base anual.

Entre as regiões, as menores taxas foram registradas em Porto Alegre (4,1%) e Belo Horizonte (4,9%). Em seguida, vieram Rio de Janeiro (5,3%),  São Paulo (6,3%), Recife (8,8%) e Salvador (10,3%). Apesar de mais alta, a taxa de Salvador teve redução de 1,4 ponto percentual em relação a agosto.