Produção industrial volta a subir em outubro, após dois meses estável

Em 12 meses, alta da atividade é a maior da série histórica, iniciada em 1991

Rio de Janeiro – A produção da indústria brasileira teve expansão de 0,4% na passagem de setembro para outubro, depois de ter ficado estável por dois meses. Na comparação com outubro do ano passado, houve aumento de 2,1%, o que indica um ritmo menos intenso de expansão em relação aos resultados de meses anteriores.

Com o resultado da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quinta-feira (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção da indústria nacional acumula alta de 11,8% tanto no período de janeiro a outubro como nos últimos 12 meses encerrados em outubro. Dessa forma, mantêm-se a trajetória de elevação iniciada no mesmo mês de 2009.

No acumulado nos últimos 12 meses, o resultado é o mais alto de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1991.

Setores

A expansão de outubro foi puxada pelo crescimento da atividade em 12 setores observados pelo IBGE. Entre os que avançaram na passagem de um mês para o outro, os principais impactos partiram das indústrias farmacêutica (4,9%), de outros produtos químicos (2,9%), de veículos automotores (1,6%), produtos de metal (5,3%), metalurgia básica (2,7%) e de outros equipamentos de transporte (6%). Por outro lado, o IBGE apurou queda em 15 ramos de atividade, principalmente em edição e impressão (-12,2%) e alimentos (-2,1%).

Já na comparação com igual período do ano anterior, houve expansão de 2,1%, resultado que aponta o 12º aumento consecutivo. A taxa, no entanto, foi a menor nesse tipo de comparação, desde novembro de 2009. Segundo o documento do IBGE, isso ocorreu em função do menor número de dias úteis e da elevada base de comparação.

Entre os ramos, a elevação foi observada em 17 das 27 atividades. Os destaques foram veículos automotores (7,4%), máquinas e equipamentos (9%), indústrias extrativas (8,6%) e produtos de metal (12,7%). Já os principais impactos negativos foram exercidos por material eletrônico e equipamentos de comunicações (-20%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-10,6%).

No acumulado do ano, cuja taxa foi de 11,8%, os aumentos foram registradas em 25 dos 27 ramos, especialmente veículos automotores (26,7%), máquinas e equipamentos (29,2%) e metalurgia básica (21,5%).

 

Fonte: Agência Brasil