Pressão de alimentos eleva custo de vida na cidade de São Paulo

Inflação medida pelo Dieese continua mais elevada entre as famílias de menor rendimento, com alta de 7,49% no acumulado em 12 meses

O tomate, com alta de 16,92%, continua sendo um dos principais itens causadores de inflação (Foto: arquivo Agência Brasil)

São Paulo – O Índice do Custo de Vida (ICV), calculado pelo Dieese no município de São Paulo, teve variação de 0,78% em março, bem acima do mês anterior (0,12%) e também de março de 2012 (0,59%). Os custos com alimentação e saúde responderam pela maior parte da taxa (0,56 ponto porcentual). O ICV agora está acumulado em 2,69% no trimestre e 7,08% em 12 meses. A inflação continua mais elevada para famílias de menor rendimento, incluídas no estrato 1 da pesquisa: 7,49%. Fica em 6,92% no estrato 2, intermediário, e em 6,92% no 3, que concentra as famílias da maior renda.

Sozinho, o item Alimentação, com alta de 0,96%, contribuiu com 0,30 ponto percentual da taxa geral do ICV. Entre os subgrupos, os produtos in natura e semielaborados aumentaram 1,33%, os da indústria alimentícia subiram 0,54% e a alimentação fora do domicílio, 0,87%.

O Dieese anotou comportamento “bastante diversificado” no primeiro subgrupo, com alta de 10,69% nos legumes, chegando a 16,92% no tomate, e de 7,88% em raízes e tubérculos, com destaque para o aumento de 17,22% da cebola. Entre as frutas (3,37%), as maiores altas foram da manga (17,10%), do mamão (6,73%) e da laranja (6,15%). Os grãos subiram 1,99%, com alta de 10,09% no feijão e queda de 2,70% no arroz. Também caiu o preço das carnes (-1,41%): a bovina recuou 1,46% e a suína, 0,39%.

Em 12 meses, até março, os preços do grupo Alimentação sobem 12,72%.

O grupo Saúde registrou elevação de 1,87% e foi responsável por 0,26 ponto da taxa total do ICV de março. Segundo o Dieese, a assistência médica aumentou 2,30% e os seguros e convênios médicos tiveram alta de 2,76%. Medicamentos e produtos farmacêuticos tiveram pequena variação (0,06%).

Já o grupo Transporte subiu 0,66%, com aumento de 1,36% nos combustíveis (0,76% para a gasolina e 2,98% para o álcool). O subgrupo coletivo teve retração de 0,1%, “devido à diminuição em alguns ônibus interestaduais”.