Preço da cesta básica tem alta generalizada

Segundo o Dieese, valor aumentou em novembro nas 17 capitais pesquisadas. Instituto estimou salário mínimo necessário em R$ 2.222,99

São Paulo – O preço da cesta básica calculado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) subiu em novembro nas 17 capitais pesquisadas, informou nesta quinta-feira (2) o instituto. As principais altas foram registradas em Manaus (9,28%), Fortaleza (8,03%), Vitória (6,70%) e Brasília (5,57%). Com elevação de 4,26% nos preços, a cesta de São Paulo continou sendo a mais cara, atingindo R$ 264,61. Já os menores valores foram apurados em Aracaju (R$ 179,78) e João Pessoa (R$ 193,49).

Com base na cesta mais cara, o Dieese estimou em R$ 2.222,99 o valor do salário mínimo necessário para atender a um trabalhador e sua família com as despesas básicas, conforme determina a Constituição. Esse valor corresponde a 4,35 vezes o mínimo oficial (R$ 510). Essa proporção era de 4,18 vezes em outubro e de 4,60 vezes em novembro do ano passado.

No acumulado de janeiro a novembro, os preços dos alimentos da cesta também aumentaram nas 17 capitais, com destaque para Goiânia (23,79%), Recife (20,44%), Fortaleza (18,05%), Manaus (16,03%) e São Paulo (15,96%). As menores variações foram verificadas em Porto Alegre (5,14%), Aracaju (6,27%) e Brasília (6,53%). A cesta subiu 10,22% em Belo Horizonte e 13,59% no Rio de Janeiro.

Com a alta, o total de horas que o trabalhador que recebe salário mínimo precisou cumprir para adquirir a cesta básica chegou a 98 horas e 12 minutos, em média, ante 94 horas e 11 minutos em outubro e 98 horas e 58 minutos em novembro de 2009.

Segundo o Dieese, o preço da carne subiu em 16 das 17 capitais, com destaque para Fortaleza (19,12%), Vitória (15,32%), Recife (14,07%), Manaus (12,84%), Rio de Janeiro (12,71%) e São Paulo (12,33%). Em Natal, houve pequena redução (-0,28%). No ano, o preço aumentou em todas as cidades, com alta de 34,03% em REcife, 33,67% em Goiânia, 33,54% em Fortaleza, 33,12% em São Paulo e 31,59% no Rio. “A seca ocorrida em meados do ano prejudicou as pastagens que, aliadas ao aumento da demanda externa, foram as causadoras desta subida de preços”, diz o instituto.

O açúcar também ficou mais caro em 16 capitais em novembro, subindo 14,21% em Salvador, 13,16% em São Paulo e 12,64% em Manaus.