São Paulo – O preço da cesta básica em outubro caiu em nove capitais pesquisadas pelo Dieese e subiu nas outras nove, segundo pesquisa divulgada hoje (4). As principais altas foram apuradas em Brasília (2,10%), Natal (0,97%) e Aracaju (0,93%), enquanto as quedas consideradas mais expressivas ocorreram na região Sul: Curitiba (-1,85%), Porto Alegre (-1,27%) e Florianópolis (-1,21%).

De acordo com o Dieese, a cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 382,13), onde o valor caiu 0,28% no mês. O menor valor foi a de Aracaju (R$ 282,27). Com base na primeira, o instituto calculou em R$ 3.210,28 o salário mínimo para as necessidades básicas de um trabalhador e sua família – 4,07 vezes o oficial (R$ 788). A proporção caiu em relação a setembro (4,11 vezes) e também na comparação com outubro de 2014 (4,10).

No ano, até outubro, o preço aumenta em todas as capitais pesquisadas, com destaque para Aracaju (15,13%), Salvador (11,21%) e Curitiba (10,79%). Isso também acontece no período acumulado em 12 meses, com altas de 21,50% em Aracaju, 15,53% em Salvador, 14,51% em Campo Grande, 13,88% em Brasília e 12,05% em São Paulo. A menor variação é de Recife (6,02%).

O tempo médio para adquirir os produtos básicos atingiu 92 horas e 36 minutos, cinco minutos a menos do que em setembro. Em outubro do ano passado, esse período foi de 91 horas e cinco minutos. O trabalhador que ganha salário mínimo comprometeu 45,75% dos vencimentos, em média, já descontada a contribuição à Previdência. Em São Paulo, esse comprometimento chegou a 52,71% e em Aracaju, a 39,02%.

Açúcar, arroz, óleo de soja, café em pó, pão francês e carne bovina foram produtos com predominância de alta nas cidades analisadas pelo Dieese. Nos três primeiros casos, os produtos subiram em 17 das 18 capitais. O preço da batata, coletado no Centro-Sul, caiu nas dez cidades onde o produto é pesquisado.