Em fevereiro

Preços da cesta básica caem em 14 capitais e sobem em 13

Produtos como óleo de soja, feijão, leite, açúcar e farinha de mandioca tiveram predominância de alta, enquanto o tomate e a batata diminuíram de preço na maioria das cidades

Memória/EBC

Cestas com maior custo são as de São Paulo (R$ 443,40) e Brasília (R$ 438,69); a menor é a de Natal (R$ 331,79)

São Paulo – O preço da cesta básica teve comportamento diferenciado em fevereiro, com redução em 14 capitais e aumento em 13, segundo pesquisa do Dieese. As maiores altas foram registradas na região Norte: Macapá (8,93%), Belém (8,64%) e Manaus (7,92%), enquanto as principais quedas foram apuradas em Vitória (-8,45%), Palmas (-7,80%) e Campo Grande (-6%).

As cestas com maior custo são as de São Paulo (R$ 443,40), Brasília (R$ 438,69), Manaus (R$ 437,86) e Florianópolis (R$ 430,69). Já os menores valores médios, no mês passado, são os de Natal (R$ 331,79), Salvador (R$ 337,84), Maceió (R$ 347,38) e Rio Branco (R$ 349,22). Com base na cesta mais cara, o Dieese calculou em R$ 3.725,01 o salário mínimo necessário para as necessidades básicas de um trabalhador e sua família, valor 4,23 vezes o mínimo oficial (R$ 880). A proporção cai ante janeiro (4,31).

De acordo com o instituto, o tempo médio para adquirir os produtos da cesta básica foi de 96 horas e 37 minutos, pouco abaixo do mês anterior (97 horas e dois minutos). Considerado o salário mínimo líquido (após o desconto da Previdência Social), o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu 47,74% de seu salário para adquirir os produtos da cesta, ante 47,94% em janeiro.

O Dieese registrou predominância de alta em quase todos os produtos, com destaque para óleo de soja, feijão, leite, açúcar e farinha de mandioca (item pesquisado nas regiões Norte e Nordeste). O tomate e a batata (região Centro-Sul) diminuíram de preço na maioria das capitais.

No caso do óleo de soja, houve aumento em todas as cidades, com variação de 1,54% (Manaus) a 16,76% (Macapá). “A exportação de soja seguiu firme pelo câmbio favorável. Internamente, apesar do período de intensificação de colheita, os trabalhos foram interrompidos pelas chuvas”, diz o Dieese.

O feijão subiu de preço em 26 das 27 capitais.  “Com as lavouras prejudicadas pelo clima, houve tanto redução na oferta quanto na qualidade do grão, e o preço do feijão carioquinha seguiu em alta e influenciou também a cotação do feijão preto”, informa o instituto.

O tomate, que havia aumentado em janeiro, teve queda de preço em 18 das 27 cidades pesquisadas, com variações de -1,20% (Rio Branco) a -43,49% (Vitória) e, no caso dos aumentos, de 15,60% (Fortaleza) a 26,35% (Belém).  “A intensificação da colheita em algumas regiões elevou a oferta e diminuiu o preço do tomate em algumas cidades.”