Paralisação de servidores faz IBGE divulgar dados parciais sobre desemprego

Resultados refentes ao Rio de Janeiro não foram divulgados. Taxa subiu em duas regiões metropolitanas e recuou em três

São Paulo – A greve dos servidores do IBGE fez com que o instituto divulgasse hoje (26) dados parciais sobre a Pesquisa Mensal de Emprego (PME). Não estão disponíveis as informações referentes à região metropolitana do Rio de Janeiro, o que impediu a divulgação da taxa média de junho. “A coleta dos dados desta região foi preservada, mas não foi possível proceder às etapas de apuração, crítica e análise para a divulgação completa na data prevista no calendário de divulgação, devido à paralisação dos servidores do IBGE”, afirma o instituto, que ainda não tem data definida para a divulgação completa.

De maio para junho, a taxa média de desocupação recuou nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte (de 5,1% para 4,5%) e em Porto Alegre (de 4,5% para 4%). Em Salvador, a taxa ficou praticamente estável, com ligeiro recuo (de 8% para 7,9%). O instituto apurou pequenas altas em Recife (de 5,9% para 6,3%) e em São Paulo (de 6,2% para 6,5%). Na comparação com junho do ano passado, houve queda de 2,3 pontos percentuais em Salvador e estabilidade nas demais áreas.

Também na base anual, o IBGE registrou crescimento da ocupação em Recife (3,9%) e São Paulo (2,2%), sem variação considerada significativa nas demais. Ainda em Recife, o emprego cresceu 17,6% na indústria  e 13,5% nos serviços prestados às empresas. Em Belo Horizonte, a ocupação cresceu 12,1% na construção e caiu 7,9% na indústria e 9,4% nos serviços domésticos. Na região metropolitana de Porto Alegre, o emprego caiu 12,5% na construção e 15,3% nos serviços domésticos.

O rendimento médio real, no mês, cresceu em Recife (2,8%), Salvador (2%), Belo Horizonte (2,3%) e Porto Alegre (1,6%), recuando em São Paulo (-0,4%). Ante junho do ano passado, o rendimento cresceu em todas as regiões, com destaque para Recife (13,4%).

Greve

Trabalhadores do IBGE fazem assembleias hoje pelo país para avaliar as negociações com o governo. A Assibge-Sindicato Nacional, que representa os servidores, reuniu-se terça-feira (24) com representantes da empresa e do Ministério do Planejamento. Entre os itens da pauta, estão reestruturação da carreira e aumento salarial.