São Paulo – A balança comercial brasileira registrou em março seu primeiro superávit no ano, de US$ 164 milhões, o menor valor para o mês desde 2001. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações somaram US$ 19,323 bilhões, com média diária (US$ 966,2 milhões) recorde para o mês. As importações totalizam US$ 19,159 bilhões (média de US$ 950 milhões por dia), também valores recordes. No ano, o país ainda registra déficit comercial, agora de US$ 5,150 bilhões.

O saldo comercial de março (US$ 164 milhões) ficou 91,9% abaixo de igual mês do ano passado (US$ 2,020 bilhões). Enquanto no primeiro trimestre deste ano, o país tem déficit acima de US$ 5 bilhões, em 2012 acumula superávit de US$ 2,419 bilhões.

Em 12 meses, até março, o Brasil tem saldo de US$ 11,853 bilhões. No período abril/2011-março/2012, o superávit foi de US$ 29,071 bilhões. Em relação ao período anterior, a queda é de 59,2%.

No primeiro trimestre, caíram as exportações de produtos básicos (-3,9%) e de manufaturados (-3,6%) e aumentaram as de semimanufaturados. Cresceram, por exemplo, as vendas de etanol (119%), açúcar refinado (34%), suco de laranja congelado (10,9%), automóveis de passageiros (10,4%), milho em grão (437,5%), carne bovina (32,7%), trigo em grão (15,4%), carne de frango (8,8%) e minério de ferro (6,4%). Sofreram retração as vendas de óleos combustíveis (-47,4%), suco de laranja não congelado (-13,2%), autopeças (-4,6%) e veículos e partes (-18,8%).

Entre os destinos caíram as exportações para os Estados Unidos (20,2%), América Latina e Caribe, exceto Mercosul (-12,6%), União Europeia (-7,4%), Mercosul (-4,1%) e Ásia (-0,6%). Aumentaram as vendas para a China (2,7%), Europa Oriental (31,6%), Oriente Médio (20,3%) e África (3,3%).

Os principais destinos das exportações brasileiras foram China (US$ 7,7 bilhões), Estados Unidos (US$ 5,3 bilhões), Argentina (US$ 4,1 bilhões), Países Baixos (US$ 3,1 bilhões) e Japão (US$ 1,8 bilhão). E os principais países de origem das importações foram Estados Unidos (US$ 8,9 bilhões), China (US$ 8,8 bilhões), Argentina (US$ 4,2 bilhões), Alemanha (US$ 3,5 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 2,3 bilhões).