São Paulo – O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estimou em R$ 101,763 bilhões o valor que será injetado na economia com o pagamento do 13º salário neste final de ano. Esse total representa 20% a mais do que em 2009. O cálculo é de que 74 milhões de pessoas recebam o benefício. São 4,9 milhões a mais (crescimento de 5,85%) em relação ao ano passado.

O instituto destaca a expansão do emprego formal, além das novas aposentadorias, como principais fatores para o maior número de beneficiários. “A retomada das contratações em ritmo mais vigoroso, em 2010, foi sem dúvida um elemento importante para que o conjunto de beneficiários do abono neste fim de ano tivesse um crescimento maior que o observado em 2009”, afirma o Dieese.

Ainda segundo o instituto, o valor corresponde a aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. No cálculo, foram considerados os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, do Ministério da Previdência e da Secretaria Nacional do Tesouro.

Dos mais de 74 milhões de pessoas que receberão o 13º, 45,4 milhões são trabalhadores do mercado formal e 28,6 milhões são aposentados e pensionistas, a maior parte do INSS. Os trabalhadores formais receberão R$ 70,9 bilhões (69,7% do total), enquanto R$ 20,5 bilhões (20,2%) irão para beneficiários do INSS, R$ 5,5 bilhões (5,4%) para aposentados da União e R$ 4,7 bilhões 4,7%) para aposentados dos estados.

Excluídos os beneficiários dos regimes próprios dos estados, o valor médio do 13º foi estimado em R$ 1.311. No mercado formal, esse valor chega a R$ 1.609, atingindo 1.888 no setor de serviços, R$ 1.803 na indústria, R$ 1.313 na construção civil, R$ 1.098 no comércio e R$ 900 na agropecuária.

Apenas em São Paulo, 19,8 milhões de pessoas receberão aproximadamente R$ 31,2 bilhões, com valor médio de R$ 1.512.