Ministro diz que proposta de taxar poupança com mais de R$ 50 mil atende à realidade
A medida atual, que ainda será enviada ao Congresso, tem o objetivo de regular a migração de grandes investidores para a poupança
Publicado 15/09/2009 - 13h43
Brasília – A proposta do governo de tributar os rendimentos de aplicações em poupança acima de R$ 50 mil atende à realidade atual, mas é possível que o governo adote novas medidas. A afirmação é do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
A medida atual, que ainda será enviada ao Congresso, tem o objetivo de regular a migração de grandes investidores para a poupança, atraídos pelas condições mais rentáveis, toda vez que baixa a taxa de juros básicos, hoje em 8,75% ao ano.
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“[A proposta] resolve a realidade que está hoje. Talvez lá na frente tenhamos que discutir alguma outra coisa”.
Segundo Paulo Bernardo, no próximo governo o país contará com juros reais (descontada a inflação da taxa de juros) mais baixos, entre 2% e 2,5%. Atualmente, os juros básicos estão em 4,5%, segundo a consultoria Uptrend Consultoria Econômica.
O ministro considera que a proposta que será enviada ao Congresso é justa e por isso é possível ser aprovada. “Vamos amos dialogar e vamos fazer um trabalho de convencimento. Esse negócio de eleição, de oposição e governo não pode permear tudo o que passa no congresso”, afirmou.
O ministro fez as declarações antes da reunião extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.
Fonte: Agência Brasil