Mantega: Inflação fechará ano ‘dentro das margens’ da meta

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (17) que o crescimento equilibrado levará o Brasil a cumprir a meta de inflação neste ano “dentro das margens […]

Brasília – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quinta-feira (17) que o crescimento equilibrado levará o Brasil a cumprir a meta de inflação neste ano “dentro das margens que o sistema permite”. A declaração foi dada no dia em que a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) publicou a ata da última reunião indicando novas rodadas de aperto nos juros.

Segundo Mantega, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que baliza as metas do país, “vai ficar bem comportado nos próximos meses”, depois de um repique no início do ano. “No passado, o Brasil crescia gerando desequilíbrios, como inflação e dívida pública… Agora estamos crescendo com equilíbrio, sem formação de gargalos”, afirmou em apresentação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social.

A meta central de inflação é de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos percentuais. Em 12 meses até maio, o IPCA acumulou alta de 5,22%. Mantega também repetiu que a economia brasileira já está desacelerando depois de um primeiro trimestre forte, e caminha para um crescimento médio neste ano de 6% a 6,5%.

“Embora no primeiro trimestre tenhamos tido um crescimento muito forte, já está desacelerando… não era nosso objetivo ter crescimento tão forte, a economia brasileira não comporta, um dia chegaremos lá.”

Apesar disso, o ministro avaliou que há espaço para que as famílias aumentem seu endividamento, mantendo o ritmo do consumo interno –um dos principais motores para a recuperação do país após a crise global. Mantega listou ainda que o país precisa avançar em áreas como educação e reforço da taxa de investimento.

Copom

Na visão dos dirtores do Banco Central, membros do Copom, porém, as perspectivas para a inflação no Brasil se deterioraram nos últimos dois meses. Os riscos apontados são essencialmente internos, segundo a ata publicada, já que o impacto da crise externa sobre os preços no Brasil é “ambíguo”.

Segundo analistas, a ata sugere a manutenção do ritmo de aperto monetário por enquanto, mas que as decisões mais à frente podem ser amenizadas dependendo do cenário internacional.

Na semana passada, o Copom decidiu elevar a taxa básica de juro em 0,75 ponto percentual pela segunda vez seguida, para 10,25% ao ano.

 

Com informações da Reuters.