Indústria preocupa, mas economista vê ‘consistência’ no setor

São Paulo – A indústria mostrou menos dinamismo no ano e o emprego teve ligeiro recuo em dezembro de 2011 (-0,4% na comparação com igual mês de 2010, segundo a […]

São Paulo – A indústria mostrou menos dinamismo no ano e o emprego teve ligeiro recuo em dezembro de 2011 (-0,4% na comparação com igual mês de 2010, segundo a pesquisa Seade/Dieese), mas o coordenador de análise da Fundação Seade, Alexandre Loloian, diz que o setor “não perdeu substância”, permanecendo, inclusive, acima do nível de 2008 e 2009 na região metropolitana de São Paulo. Na média de 2011, a indústria ficou com 1,729 milhão de ocupados, ante 1,735 milhão em 2010, 1,620 milhão em 2009 e 1,722 milhão em 2008.  Em todas as regiões pesquisadas, o setor cresceu 1,1%, com 33 mil vagas a mais, com queda apenas em São Paulo.

O economista vê problemas em algumas áreas, principalmente ligadas ao comércio exterior, e considera “inevitáveis” novas medidas de incentivo. O câmbio foi um dos principais motivos de incerteza entre os empresários no ano passado, mas o economista Sérgio Mendonça, do Dieese, lembra que o dólar tem se mantido na cotação de R$ 1,80 nos últimos cinco meses.

Em São Paulo, o setor de serviços foi praticamente o único responsável pela criação de vagas em 2011. De 181 mil ocupações a mais na média anual (variação de 1,9%), os serviços abriram 180 mil (expansão de 3,7%), enquanto o comércio criou 38 mil (2,6%). A indústria recuou 0,3% (menos 6 mil vagas), a construção civil ficou estagnada (0,3%, com 2 mil vagas) e os serviços domésticos fechou 25 mil (-3,6%).

No conjunto das seis regiões pesquisadas mais o Distrito Federal, o comportamento é diferente de São Paulo, com abertura de 65 mil vagas na construção civil (aumento de 5,2% na média anual), com destaque para Recife, Salvador, Porto Alegre e Fortaleza. Os serviços abriram 272 mil vagas na média de 2011, para um total de 407 mil ocupações a mais (expansão de 2,1%). O comércio criou 73 mil (aumento de 1,7%), com os melhores desempenhos registrados em Recife (7,4%), Distrito Federal (4,2%) e São Paulo (2,6%).