Empresário mostra confiança pela 1ª vez no ano, aponta CNI

Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou em 58,2 pontos na atual leitura, ante 49,4 pontos na pesquisa de abril

São Paulo – Os empresários da indústria brasileira recuperaram a confiança, de acordo com pesquisa trimestral da Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgada nesta segunda-feira (20). É a primeira vez no ano que o setor demonstra tal sentimento.

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) ficou em 58,2 pontos na atual leitura, ante 49,4 pontos na pesquisa de abril. No mesmo mês de 2008, o indicador estava em 58,1 ponto. Valores abaixo de 50 pontos indicam falta de confiança e valores acima denotam confiança.

“O crescimento do ICEI em julho corrobora a reversão das expectativas negativas e anuncia a recuperação da atividade industrial”, avaliou a CNI em nota divulgada no site da entidade. Com a confiança maior, a confederação acredita que os empresários deverão retomar investimentos e aumentar a produção.

O levantamento da CNI mostrou que a confiança melhorou nos três portes de empresas: nas grandes atingiu 59,4 pontos, entre as médias cresceu para 58,5 pontos e nas pequenas alcançou 56,2 pontos.

Entre os 27 setores de atividade pesquisados, 25 apresentaram aumento da confiança do empresário. A maior foi registrada no setor de outros equipamentos de transporte, com 63,5 pontos. Na sequência, aparecem equipamentos hospitalares e de precisão (62,8 pontos) e limpeza e perfumaria (62,2 pontos).

Expectativa melhor

O indicador sobre a expectativa dos empresários também melhorou, conforme a pesquisa, alcançando 63,6 pontos em julho, ante 61,6 pontos no mesmo mês de 2008 e 57,6 pontos em abril.

A expectativa dos empresários em relação à economia brasileira ficou em 60,6 pontos e em relação à própria empresa, em 65,1 pontos.

Quando questionado sobre as condições atuais, contudo, o empresário ainda se mostrou desconfiado, mas menos pessimista que na pesquisa anterior. Tal indicador saiu de 33,2 pontos para 47,2 pontos.

A avaliação sobre as condições da economia atingiu 45,7 pontos e em relação à própria empresa, 48 pontos.

A pesquisa foi realizada com 1.513 empresas (891 pequenas, 415 médias e 207 grandes) entre os dias 30 de junho e 17 deste mês.

Fonte: Reuters