Em ritmo reduzido, indústria paulista cria 500 empregos em janeiro

Fiesp fala em 'comportamento medíocre' do setor em 2012

 São Paulo – No primeiro mês de 2011, a indústria paulista criou apenas 500 postos de trabalho, um resultado praticamente estável (0,03%) na comparação com dezembro, sem ajuste sazonal. Com ajuste, a taxa mostra queda de 0,18%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (14) pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e pelo Centro das Indústrias (Ciesp). “O ano de 2012 não começou bem para o emprego industrial”, comentou o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas (Depecon) das entidades, Paulo Francini. 

Nos últimos 12 meses, comparados aos 12 meses imediatamente anteriores, a indústria eliminou 16 mil vagas, queda de 0,61%. “Não achamos que será um ano muito confortável para o emprego na indústria de transformação, muito pelo contrário, a previsão que a federação tem para 2012 é de um comportamento medíocre novamente”, disse Francini.

Após as demissões de final de ano – devido à entressafra, segundo a Fiesp –, o setor de açúcar e álcool criou 2.914 empregos em janeiro (elevação de 0,17%). Os demais setores fecharam 2.414 vagas (-0,14%), sendo 1.714 apenas no de confecção e vestuário.

A Fiesp prevê crescimento de 1,5% no PIB (Produto Interno Bruto) industrial deste ano, com elevação de 0,5% no nível de emprego. “Mesmo parecendo modestos, esses dados são otimistas”, disse Francini. A estimativa para a taxa geral do PIB é de 2,6%. Na avaliação do diretor, a prevista recuperação do comércio pode não significar nada diante da maior presença de importados. “Existe grande discrepância entre demanda e produção doméstica.”