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Em novembro, preço da cesta básica volta a subir na maioria das capitais

Entre as principais altas, estão as da carne bovina, tomate, pão francês, açúcar e manteiga. Dieese calculou salário mínimo necessário para um trabalhador e sua família em R$ 2.761,58

São Paulo – O preço da cesta básica aumentou no mês passado em 15 das 18 capitais pesquisadas pelo Dieese. As exceções foram Goiânia (-3,06%), Aracaju (-1,73%) e Recife (-0,69%). O instituto apurou as maiores altas em Fortaleza (3,47%), Florianópolis e Belo Horizonte (2,67% em ambas) e Vitória (2,43%).

Pelo segundo mês seguido, a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (aumento de 1,18%): R$ 328,72. Em seguida, vêm São Paulo (R$ 325,56), Vitória (R$ 321,41) e Rio de Janeiro (R$ 316,88). Os menores valores foram apurados em Aracaju (R$ 218,71), Goiânia (R$ 254,44) e João Pessoa (R$ 257,16).

Com base no preço da cesta gaúcha, o Dieese calculou em R$ 2.761,58 o mínimo necessário para as despesas básicas de um trabalhador e sua família. Esse valor corresponde 4,07 vezes o mínimo oficial (R$ 678) – a proporção era de 4,03 vezes em outubro e 4,04 em novembro do ano passado.

No ano, a cesta aumentou de custo em 17 cidades, com queda apenas em Goiânia (-3,32%). Nas outras, os destaques foram Salvador (14,45%), Natal (13,47%), Rio de Janeiro (12,44%) e Porto Alegre (11,67%). Em 12 meses, período que abrange só 17 capitais (ainda não havia divulgação em Campo Grande), o Dieese registrou elevação em todas, chegando a 17,89% em Salvador, 16,46% no Rio de Janeiro e 14,60% em Porto Alegre.

Segundo o instituto, cinco produtos se destacaram entre os aumentos: a carne bovina, que subiu de preços em 15 capitais, o tomate (14), pão francês (13), açúcar (dez) e manteiga (também dez). Outros seis mostraram tendência de queda: leite, feijão, banana, óleo de soja (14 cidades em todos os casos), café em pó (13) e arroz (dez).