Caged

Com exceção do comércio, emprego formal tem nova queda em outubro

Segundo o Ministério do Trabalho, país eliminou 75 mil vagas com carteira assinada. Em 12 meses, total perdido é de 1,5 milhão

Dênio Simões/Agência Brasília/fotos públicas

Maior perda percentual (-13,86%) é da construção civil, que em 12 meses fechou 391.891 postos de trabalho formais

São Paulo – O emprego formal teve nova queda em outubro, desta vez com a eliminação de 74.748 vagas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, que divulgou os dados na tarde de hoje (24). Apenas o comércio não fechou postos de trabalho. No ano, são menos 751.816, queda de 1,89% no estoque. Em 12 meses, o país perde 1.500.467 (-3,71%), resultado de 16,4 milhões de demissões e 14,9 milhões de contratações.

O comércio abriu 12.496 vagas formais (0,14%) no mês passado, sendo 9.578 no varejo e 2.918 no atacado. A construção civil fechou 33.517 (-1,36%) e os serviços, logo em seguida, eliminaram 30.316 (-0,18%).

Na indústria de transformação, que fechou 5.562 empregos com carteira (-0,07%), os destaques negativos foram os segmentos químico/farmacêutico, de materiais de transporte, produtos não metálicos e metalurgia. Entre os que cresceram, estão produtos alimentícios/bebidas e calçados.

Nos demais setores de atividade, a agricultura cortou 12.508 postos de trabalho (-0,77%), a administração pública fechou 2.568 (-0,28%) e o setor extrativo-mineral, 1.070 (-0,53%).

Com esses resultados, o estoque de empregos formais no Brasil está em 38,9 milhões.

De janeiro a outubro, agricultura (61.784 – 3,97%) e administração pública (15.608 –1,76%) registram crescimento. A indústria perde 142.563 vagas (-1,87%), a construção civil fecha 224.807 (-8,45%, a maior retração percentual) e o comércio, 246.932 (-2,68%). O setor de serviços elimina 199.667 empregos com carteira (-1,17%).

Em 12 meses, todos os setores têm queda. A indústria perde 418.776 vagas (-5,3%) e os serviços, 406.970 (-2,35%). A maior perda percentual (-13,86%) também é da construção civil, que fechou 391.891 postos de trabalho formais.