BC mantém em 3,5% estimativa de crescimento econômico este ano

São Paulo – O Banco Central (BC) manteve a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano em 3,5%. A informação consta do Relatório de Inflação, divulgado nesta quinta […]

São Paulo – O Banco Central (BC) manteve a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano em 3,5%. A informação consta do Relatório de Inflação, divulgado nesta quinta (29) pela instituição.

De acordo com o BC, a atividade econômica brasileira apresentou moderação em 2011 (quando a economia do país cresceu 2,7%), devido aos efeitos da política econômica e à deterioração do ambiente internacional, mas as perspectivas apontam para uma aceleração ao longo deste ano.

Segundo o relatório, “a manutenção de condições favoráveis no mercado de trabalho e da confiança do consumidor em patamar elevado, bem como a melhora nos indicadores de confiança dos empresários, sugere consistência do processo de retomada do crescimento econômico”.

No cenário externo, o BC destaca a “recuperação da economia dos Estados Unidos”, além das “perspectivas de estabilização das condições financeiras na área do euro” e a acomodação da economia de países asiáticos, em patamar ainda elevado. Segundo o BC, esse cenário poderá favorecer a atividade econômica do Brasil nos próximos meses.

Inflação

A inflação está em processo de redução e tende a ser marcadamente mais baixa do que a passada, avalia o Relatório de Inflação do BC. Para 2012, a nova previsão do BC é que a inflação encerre o período em 4,4%, portanto, abaixo do centro da meta de 4,5%.

A inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou 2011 em 6,5%, no teto da meta para o ano.

Na avaliação, entretanto, o BC volta à tese de que reajustes salariais representam risco de retomada da inflação no país. “O risco para a dinâmica dos preços reside na possibilidade de as negociações salariais atribuírem peso excessivo à inflação passada, em detrimento da inflação futura, a qual, cabe notar, está em processo de redução e tende a ser marcadamente menor do que a inflação passada”.