Rio de Janeiro – Em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), o governo brasileiro informou hoje (22) que o Rio de Janeiro será sede do Centro Mundial do Desenvolvimento Sustentável, o Centro Rio+. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, fez o anúncio. “O centro é um resultado concreto da Rio+20 e um tributo ao legado da Eco92. A ideia é manter o acesso ao ideário da Eco92 e também desta conferência de 2012 e manter um constante diálogo sobre o desenvolvimento sustentável”, definiu.

O lançamento do Centro Rio+ conta com apoio inicial de 25 instituições brasileiras e internacionais, como o próprio Pnud, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (UN-habitat) e Organização Internacional do Trabalho (OIT). Do lado brasileiro, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o BNDES, Instituto Global para Tecnologias Verdes e Emprego da Universidade Federal do Rio de Janeiro (GIGTech, Coppe/UFRJ).

“A presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, disse que não só é possível crescer, incluir e proteger ao mesmo tempo, mas também que o desenvolvimento verdadeiramente sustentável exige que isto seja feito. Acreditamos na mesma coisa”, disse Helen Clark, administradora do Pnud. O investimento total será de US$ 3 milhões a US$ 5 milhões, com doações de todos os parceiros envolvidos. A ministra de Meio Ambiente antecipou que sua pasta será financiadora de pelo menos 10% dos recursos do centro.

O Centro Rio+ será inicialmente hospedado pelo Instituto de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ), no Campus da Ilha do Fundão. O órgão dará continuidade às discussões iniciadas pelos Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável, que antecederam a Rio+20, com objetivo de garantir a participação da sociedade e de especialistas.

Ao finalizar o anúncio, no último dia da conferência oficial, a ministra Izabella Teixeira reafirmou a importância dos resultados concretos já alcançados, como a mudança de posições hegemônicas, antes entre Norte e Sul, e agora com discussões descentralizadas, e com cada país consciente do importante papel na aplicação de programas locais de sustentabilidade.