Eleito pela revista “Rolling Stone Brasil” o melhor disco brasileiro de todos os tempos, numa lista de 100, o álbum “Acabou Chorare”, o segundo dos Novos Baianos, acaba de completar 40 anos. Para comemorar, um dos ex-integrantes do grupo, Moraes Moreira, se junta ao filho Davi Moraes para interpretar todas as faixas, no dia 15 de junho, no Circo Voador, no Rio de Janeiro.

O álbum começa com o clássico “Brasil Pandeiro”, de Assis Valente, canção que representa a influência exercida por João Gilberto sobre o grupo. Também estão ali outros clássicos como “Preta Pretinha” (com direito a uma reprise no final), “Besta é Tu”, “A Menina Dança” (marcada pela sempre arrasadora interpretação da então Baby Consuelo) e a contagiante faixa-título. O álbum se completa com “Tinindo Trincando”, “Swing de Campo Grande”, “Mistério do Planeta” e “Um Bilhete Pra Didi”.

Representando um passo adiante com relação ao Tropicalismo, os Novos Baianos consolidaram nesse trabalho a mistura do pop rock internacional com a denominada música brasileira mais tradicional, trazendo alegria num ambiente marcado pelo clima pesado do regime militar e da tortura.

No melhor espírito hippie, seus integrantes moravam em comunidade, no Rio. Eram eles: Baby Consuelo (vocal, marcas, triângulo e afoxé), Paulinho Boca de Cantor (vocal e pandeiro), Pepeu Gomes (guitarra elétrica, violão solo, craviola e arranjos), Moraes Moreira (vocal, violão base e arranjos), Dadi Carvalho (baixo elétrico), Jorginho Gomes (bateria, cavaquinho e bongo) e quem mais chegasse. 

No Circo Voador, Moraes Moreira e Davi Moraes serão acompanhados por Augusto Albuquerque (baixo), Marcos Molleta (guitarra, guitarra baiana e cavaquinho), Cesinha (bateria) e Repolho (percussão). Já os intervalos do show serão animados pela banda Fino Coletivo, com mais clássicos da música popular brasileira.

É imperdível ouvir ao vivo Moraes Moreira e Davi Moraes interpretando as canções desse álbum, num espetáculo que, inicialmente, foi pensado para uma única apresentação no Instituto Moreira Salles, no Rio de Janeiro, e agora já circula pelo Brasil. “Para entender por que essas nove canções unem pais, filhos e netos, basta ouvi-las como são: delicadas, roqueiras, contemplativas e suingadas, numa ode à alegria que, como querem os românticos, tem o poder de harmonizar as diferenças”, explicam os realizadores no release do espetáculo.

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