Não esperei nem cem dias e exonerei o cara do Ibama que assinou minha multa em 2012. O nome dele é José Olímpio Morelli. Agora estava como chefe do centro de operações aéreas do Ibama. Mas não está mais. Pena que é concursado e não dá para mandar embora de vez. Mas vai ficar encostado feito vassoura velha.

A história foi assim: eu estava tranquilão lá em Angra, num lugar ótimo, cheio de peixe, e me aparecem seis agentes do Ibama dizendo que eu não podia pescar ali porque era local de proteção ambiental.

Desde quando peixe precisa de guarda-costas? Eles nem têm costas, pô.

Primeiro eu falei que tinha uma carta de permissão da Ideli Salvatti, que tinha sido ministra da Pesca da Dilma. Mas não acreditaram em mim (na verdade, eu só tinha feito um requerimento pra ela perguntando onde podia pescar em Angra).

Depois eu liguei para o Luiz Sérgio, o petista que ficou no lugar da Ideli, mas ele não quis me ajudar. Nenhum petista presta.

Mas eu não baixei a cabeça. Não entreguei meus documentos e falei para o Edenilson (meu caseiro e marido da Wal – aquela que recebia salário do meu gabinete mas morava em Mambuca (xi, Olavo, pode ligar pro Caetano) – , pra ele também não entregar os dele.

Saí gritando, chamando todo mundo de petista e disse que ia voltar no dia seguinte. Mas não voltei. Os caras do Ibama têm arma e eu não sou besta.

Só de raiva, tentei acabar com essa história de fiscal do Ibama andar armado. Aí eles iam ver o que é bom pra tosse. Pena que o projeto não deu em nada.

A multa era de 10 mil reais. Mas não paguei. Pagar multa é coisa de pobre.

O que eu fiz foi recorrer, dizendo que não era eu que estava lá. Mas o cara tinha tirado foto de mim. Aí complicou.

No fim das contas, meus advogados disseram que eu não tive amplo direito de defesa e não paguei a bagaça.

Ah, Diário, como é doce o sabor da vingança. Opa! Doce, não. Tem gosto é de peixe, kkkkkkk!