BNDES aprova novos financiamentos para energia eólica

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta semana financiamento de R$ 389 milhões para a construção de cinco parques eólicos na região Nordeste. Serão quatro parques […]

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou nesta semana financiamento de R$ 389 milhões para a construção de cinco parques eólicos na região Nordeste. Serão quatro parques no Rio Grande do Norte e um na Bahia, com capacidade instalada de 138 MW (megawatts). Os projetos, que foram vencedores do Leilão de Fontes Alternativas de 2010, integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

A notícia é positiva, pois sinaliza para um maior investimento do Brasil em uma fonte de energia por excelência limpa e renovável. Ainda que não esteja livre de impactos ambientais (que incluem poluição sonora dos arredores e visual nas praias onde é instalado), eles são menores que o de outras formas de geração de energia elétrica.

Além disso, este tipo de energia é especialmente interessante na região Nordeste, onde, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), existe uma grande possibilidade de complementaridade entre a geração hidrelétrica e a eólica, visto que o maior potencial eólico, na região Nordeste, ocorre durante o período de menor disponibilidade hídrica.

Segundo o BNDES, os investimentos do Brasil em energia eólica atingiram, no ano passado, R$ 5,1 bilhões, sendo R$ 3,4 bilhões de financiamentos do banco. Os projetos representaram um acréscimo de 1.160 MW à matriz energética brasileira, divididos em 38 parques eólicos.

No entanto, se há avanços, ainda estamos longe de onde poderíamos. O Atlas do do Potencial Eólico Brasileiro, desenvolvido pelo Centro de Referência para Energia Solar e Eólica (CRESESB/CEPEL), estima o potencial eólico brasileiro em cerca de 143 mil MW – mais do que o total gerado pelo Brasil em 2010, de 112.390 MW, segundo a Aneel. Além disso, mais investimento poderia significar um incentivo para a pesquisa de tecnologias na área, tema caro ao governo atual.