Para refletir sobre a produção de informação e evitar o “relaxamento” após a Conferência Nacional de Comunicação (Confecom), jornalistas lançam nesta sexta-feira (14), o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Um debate no Centro de São Paulo marca o início das atividades.

Barão de Itararé era o pseudônimo do jornalista gaúcho Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly. Com muito sarcasmo, a homenagem ao Barão representa, para os criadores do centro, um resgate das origens da imprensa alternativa brasileira. Isso porque o jornalista lançou, em 1926, o jornal A Manha, que tinha uma linha editorial mais progressista com circulação ampla, capaz de concorrer com outros veículos.

Segundo Altamiro Borges, presidente do centro de estudos, a entidade surge a partir de uma demanda real, que é a luta pela democratização dos meios de comunicação no Brasil. “Tem a ver com este momento em que a grande mídia vai assumindo um papel cada vez mais partidarizado, mais ideologizado, golpista”, afirma.

“Há mais pessoas hoje preocupadas com o direito à comunicação, antenadas com essa questão estratégica — mas sem uma militância mais permanente. Um dos nossos objetivos é ajudar a formar essa militância que luta pelo fortalecimento das mídias alternativas”, explica. Nos planos, está ainda a realização de cursos para estudantes de comunicação.

Seminário “A mídia e as eleições de 2010”

Data: 14 de maio, sexta-feira
Local: Sindicato dos Engenheiros de São Paulo (Rua Genebra, 25, Centro)
A partir das 18h30
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