Uso da terra

Vegetação brasileira diminui, áreas de plantio e para o gado continuam crescendo

Transformações nas duas últimas décadas mostram avanço da atividade agropecuária, mostra pesquisa do IBGE

Vinicius Mendonça/Ibama
Vinicius Mendonça/Ibama

São Paulo – Em duas décadas, de 2000 a 2020, o Brasil perdeu 10,6% de sua vegetação campestre e 7,9% da vegetação florestal, em um total de 513,1 mil quilômetros quadrados. Ao mesmo tempo, a área agrícola cresceu 50,1% e as regiões de pastagem, 27,9%. Já a silvicultura teve expansão de 71,4%. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (7) pelo IBGE, são de pesquisa que leva o nome de Contas Econômicas Ambientais da Terra.

Com o que o instituto chama de “dinâmica agropecuária”, grande parte da vegetação florestal (43,8%) tornou-se área de pastagem. “A pesquisa mostra uma tendência de conversão de uso: destacando-se a expansão de áreas agrícolas sobre a vegetações campestres e pastagem com manejo, além de um crescimento da pastagem com manejo sobre as vegetações florestais”, afirma a gerente da pesquisa, Ivone Lopes Batista.

Mudança territorial

Assim, as áreas de pastagem tiveram maior expansão em três estados Pará, Mato Grosso e Rondônia. São também os três, nessa mesma ordem, que sofreram a maior redução de vegetação natural nestas duas décadas.

Em outro levantamento, relativo ao período de 2018 a 2020, o IBGE mostra que 70 mil quilômetros quadrados (0,7% do território nacional) tiveram algum tipo de mudança territorial. A principal “foi o avanço das atividades agropecuárias sobre a vegetação natural”, aponta o instituto. Essas áreas correspondem à soma dos estados de Alagoas e do Rio de Janeiro.


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