São Paulo – Uma onda de calor extremo atinge a maior parte do Brasil neste momento. A previsão é de que o cenário seja ainda mais grave nos próximos dias. Particularmente no interior de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, os termômetros ultrapassarão os 40 graus. Há possibilidade de chegar aos 45 graus. Contudo, a capital São Paulo também deve sofrer com temperaturas que podem bater recordes históricos. Então, a deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) pede medidas urgentes ao governo do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

De acordo com agências meteorológicas, “há risco à vida” pelo calor. Cidades como Presidente Prudente, no Oeste paulista, estão com previsões em torno dos 43 graus para sábado e domingo. Cientistas também alertam para o agravamento do quadro de doenças respiratórias e cardíacas. Neste primeiro grupo, grandes cidades, como a capital paulista, sofrem ainda mais. A umidade do ar nas tardes está em níveis desérticos, em torno de 15%. O recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como saudável é acima de 60%.

A partir deste cenário, a parlamentar pede, entre outras medidas, a flexibilização das aulas presenciais. “Tendo em vista a urgência do tema, o risco para a saúde publica, o risco acentuado para as crianças, que não são capazes de autorregular suas temperaturas como adultos, e outros grupos de risco, solicitei que algumas medidas sejam tomadas”, informa a deputada.

• Onda de calor extremo atinge o Brasil nos próximos dias. Há ‘risco à vida’

As medidas no calor extremo

A lista de medidas solicitadas pela deputada:

• Flexibilização da presença em aulas em todas as instituições de Ensino Básico e Autarquias, como Universidades, sem prejuízo à alimentação dos alunos do Ensino Básico.
• Orientações para que atividades educacionais sejam realizadas em ambientes mais frescos e arejados que as sofríveis salas de aula.
• Adoção de sistema híbrido ou de trabalho remoto para servidores públicos idosos ou em grupos de risco, e que o Governo oriente o setor privado à fazer o mesmo.
• Em parceria com Prefeituras, oferecimento de estruturas ventiladas e protegidas do sol para abrigamento diurno de pessoas em situação de rua, assim como pontos de água potável nos locais de concentração desta população.
• Flexibilização de qualquer código de vestimenta em vigor em qualquer órgão do Estado.
• Fiscalização do funcionamento do ar-condicionado nos ônibus da EMTU e vagões do Metrô e CPTM.

Por fim, Erika lembra que ondas incomuns de calor já deixam mortos em outras regiões do globo. E o cenário tende a piorar nos próximos anos. Mudanças climáticas estimulam o comportamento atípico do clima. “Segundo cientistas, ondas de calor dessazonais e extremas ocorridas em 2022 na Europa semelhantes à esta acarretaram a morte de 61 mil pessoas”, comenta a deputada.