Após desastre no Japão, 57% dos brasileiros mostram preocupação com risco nuclear

Medição de radiação na usina nuclear de Fukushima, no Japão. Acidente motivou pesquisa global (Foto: © Kim Kyung-Hoon/Reuters – arquivo) São Paulo – Os brasileiros estão entre os mais preocupados […]

Medição de radiação na usina nuclear de Fukushima, no Japão. Acidente motivou pesquisa global (Foto: © Kim Kyung-Hoon/Reuters – arquivo)

São Paulo – Os brasileiros estão entre os mais preocupados com o risco de acidentes nucleares no mundo, diz pesquisa do instituto Ibope Inteligência, em parceria com a Worldwide Independent Network of Market Research (WIN). Levantamentos semelhantes ocorreram em 47 países. O Brasil registrou a 13ª maior parcela de cidadãos que temem incidentes nucleares. Mais da metade dos entrevistados são contrários ao uso da tecnologia para geração de energia elétrica.

São 57% os que mostraram-se preocupados ou muito preocupados com a possibilidade de acidente. No mundo, 49% mostram a mesma preocupação. Dão pouca ou nenhuma atenção, 28% dos entrevistados brasileiros, ante 18% de média global. Os líderes de preocupação são Marrocos (82%), China (81%), Geórgia (77%), Territórios Palestinos (73%) e Quênia (72%).

A maioria (54%) dos brasileiros é contra ou parcialmente contra o uso de energia nuclear no país, e apenas 32% defendem a aplicação. Na média mundial, 49% são favoráveis, ante 43% contrários. Os mais jovens e mais escolarizados mostram-se os extratos mais favoráveis à possibilidade do recurso energético no país.

Atualmente, o Brasil conta com duas usinas nucleares em operação e uma terceira ainda em projeto. Todas elas são situadas em Angra dos Reis (RJ), a 157 quilômetros ao sul da capital, na chamada Costa Verde fluminense. As obras de Angra 3 fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Questionados sobre a capacidade de recuperação do Japão, os brasileiros mostram-se otimistas. 49% dos entrevistados consideram que o país asiático vai se recuperar completamente. Outros 31% preveem um enfraquecimento econômico. A média internacional é mais pessimista, com 30% que acreditam no retorno do Japão ao mesmo nível de antes do terremoto, contra 38% que imagimam prejuízos.

A pesquisa foi motivada pelo o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, após o terremoto seguido de tsunami ocorrido em 11 de março. No Brasil ss dados foram coletados de 21 de março a 10 de abril deste ano. Apenas 5%dos entrevistados têm parentesco com pessoas vivendo no Japão. A margem de erro é de 3,5 pontos percentual. No mundo, foram ouvidas 34.122 pessoas. 

Clique aqui para acessar o relatório sobre o levantamento (em PDF).

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