‘Sem dono’, campanha contra o veto ao Código Florestal ganha apoio de deputados ruralistas

São Paulo – No ar desde a última semana, uma campanha que pede que a presidenta Dilma Rousseff não vete o texto do Código Florestal ganha apoio de deputados ruralistas. […]

São Paulo – No ar desde a última semana, uma campanha que pede que a presidenta Dilma Rousseff não vete o texto do Código Florestal ganha apoio de deputados ruralistas. O #NaoVetaDilma, divulgado pela rede social Twitter,  e que tem um blogue com o mesmo nome sem autoria, sugere que o setor agrícola brasileiro, mesmo produzindo alimento ao mercado interno e externo, ainda preserva 61% das matas nativas. O número é o mesmo que vem sendo divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), presidido pela senadora e também ruralista Kátia Abreu (PSD-TO).

“Nunca é demais lembrar que o agro exporta somente 30% de tudo o que produz. E, para isso, usa apenas 27,7% do território, preservando 61% com vegetação nativa. Qual país do mundo pode ostentar uma relação tão generosa entre produção e preservação?”, disse a senadora em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo no último sábado (12).

O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) afirmou em seu perfil no Twitter que, para garantir comida nas mesas dos brasileiros, é necessário que Dilma não vete o novo Código. “Seguidores… Se vocês já comeram hoje, agradeçam ao agricultor. #NÃOvetaDilma”, afirmou o parlamentar no microblogue.

O movimento é em reação à campanha, que há dias se espalhou pelas redes sociais, que pede o veto total ao texto do novo código. No último dia 4 de maio, a atriz Camila Pitanga quebrou o protocolo de uma cerimônia que contava com a presença de Dilma Rousseff e pediu à presidenta o “Veta Dilma”, conforme cobram os pedidos na internet com a expressão #VetaTudoDilma.

A favor da preservação ambiental, a campanha que pede o veto ao Código Florestal já conta com mais de 1 milhão e 700 mil assinaturas. Para os organizadores do abaixo-assinado, incentivado por entidades  socioambientais, trata-se de uma lei que dá aos madeireiros e fazendeiros carta branca para desmatar. “O universo está conspirando a nosso favor. Em algumas semanas Dilma será anfitriã da maior conferência ambiental do mundo. Informantes nos disseram que ela não pode pagar o preço de ser considerada a líder que aprovou a devastação da Amazônia”, diz a página na internet.

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