Mão de obra

Trabalhadores na GM aprovam programa de demissões voluntárias em São José dos Campos

Programa é alternativa aos cortes que a montadora havia feito em outubro

Sind. Met. SJC
Sind. Met. SJC
Assembleia na porta da fábrica aprovou acordo discutido entre a montadora e o Sindicato dos Metalúrgicos

São Paulo – Trabalhadores na GM em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, interior paulista, aprovaram em assembleia a abertura de um programa de demissões voluntárias (PDV). Foi a alternativa após a suspensão das demissões na unidade da General Motors de São José, depois que a Justiça do Trabalho considerou que a empresa não fez, como deveria, negociação prévia com a representação dos trabalhadores. Além disso, um acordo de lay-off (suspensão dos contratos) incluía cláusula de estabilidade no emprego.

O programa – que começa na próxima terça (5) e vai até a outra terça (12) – é aberto a todos os funcionários. E a meta é atingir 830 adesões. 

Em outubro, a GM demitiu 839 funcionários na unidade de São José dos Campos, 300 na fábrica de São Caetano do Sul e 105 de Mogi das Cruzes. O número correspondia a aproximadamente 10% da mão de obra.

Salários adicionais

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José, para trabalhadores que tenham de um a seis anos de fábrica o PDV oferece seis meses de salário, adicional de R$ 15 mil e plano médico por três meses ou R$ 6 mil. A partir de sete anos: cinco meses de salário, um carro Onix Hatch LS ou R$ 85 mil e plano médico por seis meses ou R$ 12 mil.

“Para cada adesão de trabalhador que esteja ativo na fábrica haverá retorno de outro trabalhador que esteja em licença remunerada. Para quem não aderir, haverá estabilidade no emprego até 3 de maio de 2024”, informa ainda o sindicato. Em relação aos 17 dias parados durante a greve, metade deverá ser compensada até junho do ano que vem.

“O sindicato é contra qualquer fechamento de postos de trabalho, mas o PDV já era uma pauta nossa como alternativa às demissões arbitrárias que chegaram a ser feitas pela GM”, afirma o secretário-geral da entidade, Renato Almeida. “O PDV, entretanto, não coloca um ponto final na luta em defesa dos empregos. Estaremos atentos a qualquer movimentação da empresa no sentido de realizar novos cortes.” 

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