São Paulo – Sem acordo nas negociações, aeroviários e aeronautas ligados à Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac-CUT) podem parar no próximo dia 20, afirmou a entidade. Na quinta rodada, realizada ontem (11), no Rio de Janeiro, o sindicato das empresas (SNEA) ofereceu reajuste equivalente à variação do INPC em 12 meses (5,6%, até novembro) para salários de até R$ 10 mil. Acima desse valor, o aumento seria em um valor fixo de R$ 560. Os pisos seriam corrigidos em 7%.

“Deixamos claro que as nossas assembleias aprovaram aumento real de salários, com 8% de reajuste”, afirmou o presidente da Fentac-CUT, Celso Klafke. “O valor proposto pelo SNEA não nos contempla.”

As entidades ligadas à federação devem realizar assembleias até amanhã e rejeitar a proposta. A campanha envolve os sindicatos nacionais das duas categorias, que têm data-base em 1º de dezembro, e os sindicatos de aeroviários de Guarulhos (SP), Porto Alegre e Recife. Estão previstas manifestações em aeroportos para o próximo dia 17.

Força Sindical

Já os aeroviários de São Paulo, com exceção de Cumbica, em Guarulhos, na região metropolitana, terão os salários reajustados pelo mesmo índice da inflação. Representantes do Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo (Saesp), filiado à Força Sindical, aceitaram a proposta do setor patronal.

Para o presidente do Saesp, Reginaldo Alves de Souza, a campanha chegou até onde foi possível. “Aceitamos o acordo porque estrategicamente não havia mais o que ser feito por parte dos trabalhadores. Avaliamos a campanha de forma positiva, já que conseguimos acabar com o escalonamento da cesta básica e isso beneficia mais de 3 mil funcionários.”

Segundo Souza, todos os trabalhadores com salários até R$ 3.248 (já reajustado) receberão cesta alimentação no valor de R$ 294. A entidade representa cerca de 45 mil aeroviários no estado.

Com informações da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes (CNTT-CUT)