decisão arbitrária

Para sindicalistas, plano de demissões pode comprometer Petrobras e aumentar riscos

Aproximadamente 8,5 mil trabalhadores se encaixarão no perfil de cortes definido pela empresa até 31 de março, último dia para adesão

FUP

Segundo os sindicalistas, a companhia não garante a reposição de todos os postos de trabalho

São Paulo – Representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) afirmam que implementação do plano de demissões voluntárias, anunciado hoje (17) pela Petrobras, pode prejudicar o crescimento da empresa e, consequentemente, do país. Segundo os sindicalistas, a companhia não garante a reposição de todos os postos de trabalho, mas apenas para as áreas operacionais e em atividades-fim – ligadas à atividade principal da empresa.

“Isso é um grande equívoco, porque o efetivo existente hoje já não é suficiente para operar os diversos planos de investimento que estão previstos, e não repor todos os postos certamente pode comprometer o desenvolvimento da empresa. Sem contar que reduzir o número de trabalhadores significa mais sobrecarga de trabalho e mais riscos de acidentes”, destaca o coordenador-geral da FUP, João Antonio de Moraes. Ele afirmou que a decisão não foi discutida com os sindicatos. A Petrobras ainda não se manifestou.

Segundo a empresa, as inscrições ao programa estarão abertas de 13 de fevereiro a 31 de março, com a saída efetiva em até 36 meses. Até lá, serão aproximadamente 8,5 mil trabalhadores aposentados acima de 55 anos, faixa etária definida pela companhia. Hoje, são 7 mil nessa situação.

Em comunicado, a Petrobras afirma que o plano será para “adequar os efetivos da companhia ao Plano de Negócios e Gestão da empresa, atender aos interesses da companhia compatibilizando com as expectativas dos empregados e preservar os conhecimentos existentes na companhia”.

 


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