Mercado de trabalho

País acumula 1,91 milhão de empregos formais criados entre janeiro e novembro

Números do Novo Caged divulgados nesta quinta-feira mostram que a variação em onze meses é positiva nos cinco grandes setores da economia e em todas as 27 unidades da Federação

Agência Brasília
Agência Brasília
O mês de novembro registrou um saldo positivo de 130.097 postos de trabalho com carteira assinada

São Paulo – O Brasil criou de janeiro a novembro deste ano 1,91 milhão de empregos formais. É o que mostram os dados de novembro do Novo Caged, divulgados nesta quinta-feira (28). A variação em onze meses é positiva nos cinco grandes setores da economia e em todas as 27 unidades da Federação.

O mês de novembro registrou um saldo positivo de 130.097 postos de trabalho com carteira assinada, resultante de 1,86 milhão de admissões e 1,73 milhão de desligamentos. Com isso, o estoque total recuperado para o Caged foi de 44,35 milhões de postos de trabalho formais.

O maior crescimento dos empregos formais, em novembro, ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 92,6 mil postos, com destaque para a área de “Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas”, que teve saldo positivo de 62,4 mil empregos.

A segunda maior geração ocorreu no Comércio, com 88,7 mil postos de trabalho gerados no mês, principalmente no comércio varejista de “Artigos do Vestuário e Acessórios” (+19 mil), “Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios – Supermercados” (+13 mil), além dos artigos de “Varejista de Calçados” (+10,2 mil).

O impacto sazonal trouxe queda dos empregos formais nos demais setores. Na Indústria o saldo foi de -12.9 mil postos de trabalho. Os maiores saldos negativos foram fabricação de álcool (-4.2 mil), e impacto concentrado em Goiás (-4,2 mil); fabricação de calçados (-3,4 mil), e impacto concentrado no Ceará (-1,7 mil); e na fabricação de açúcar em bruto (-3 mil), e impacto na Bahia (-1,2 mil) e Goiás (-1,1 mil).

Construção e agropecuária

A Construção Civil também teve queda, com saldo de -17,3 mil postos formais de trabalho. O maior decréscimo ocorreu na Construção de Edifícios (-5 mil), com 51% da redução em São Paulo (-2,5 mil) e a Construção de Rodovias e Ferrovias (-4,9 mil), com 42% da diminuição em Minas Gerais (-2 mil).

Na Agropecuária também houve queda, com -21 mil postos formais de trabalho. As maiores reduções foram nos cultivos de cana-de-açúcar (-5,3 mil), um terço em São Paulo (-1,7 mil) e soja (-1,9 mil), 61% no Mato Grosso (-1,2 mil).

Estados

São Paulo lidera entre as unidades da Federação com maior saldo em novembro, com geração de 47,2 mil postos (+0,35%), em sua maioria no setor de serviços (+36 mil); no Rio de Janeiro, geração de 23,5 mil postos (+0,67%) e Rio Grande do Sul, com saldo positivo de 11,7 mil postos (+0.43%).

Os estados com menor saldo foram Goiás com -7 mil postos (-0,49%), com impacto da agropecuária (-5,2 mil); Mato Grosso com -4,1 mil postos (-0,47%), com impacto da agropecuária (-3,7 mil); e o Piauí com -124 postos (-0,04%), com impacto da fabricação do álcool (-887).

Grupos populacionais

Em novembro, o saldo foi positivo para mulheres (+95,3 mil) e para homens (+34,7 mil). No que se refere à População com Deficiência, foi identificado saldo positivo de (+1,3 mil) postos de trabalho. Além disso, o saldo foi positivo para pardos (+78,1 mil), brancos (+49,4 mil), pretos (+23,4 mil), amarelos (+15,7 mil) e indígenas (+1,3 mil). A quantidade de trabalhadores com raça/cor não informada (5,5%) foi reduzida devido ao esforço de sensibilização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) junto aos empregadores e aos trabalhadores.

Acumulado do ano

As unidades da Federação com maior saldo no acumulado de 2023 foram São Paulo (+551,1 mil / +4,2%), Minas Gerais (+187,8 mil / +4,2%) e Rio de Janeiro (+165,7 mil / +4,9%). As que ficaram com o menor saldo no acumulado do ano foram o Acre (+4,9 mil / +5,4%), Roraima (+5,7 mil / +7,9%) e Amapá (+6,3 mil / +8,3%).

CUT afirma que desoneração não garantiu empregos e pede debate. Força e UGT apontam ‘riscos’

O maior crescimento do emprego formal ocorreu no setor de Serviços, com saldo de 1,06 milhão de postos formais de trabalho (59,8% do saldo). Destaque para as atividades de “informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas” (+415,5 mil), e para as atividades de “administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais” (+314,5 mil).