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Sem avanços em negociações, bancários convocam passeatas para quinta

Aumento real de 5% e piso salarial no valor de R$ 2.860 estão entre as reivindicações econômicas da categoria. Elevado índice de adoecimento, falta de pessoal e excesso de metas também preocupam

Gerardo Lazzari/Sindicato dos Bancários

Manifestação na Avenida Paulista divulkga campanha

São Paulo – A categoria é única que possui uma convenção coletiva válida em todo território nacional celebrada com empresas privadas. A negociação se dá entre a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários – que informa representar 95% da categoria –, formado por entidades sindicais de diferentes estados, a maioria filiada à CUT, CTB, Intersindical e à Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A Fenaban negocia também com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Contec), filiada à UGT.

Os bancários contabilizam aumento real de 16,22% acumulado entre 2004 e 2012. E destacam a solidez do setor o como principal argumento para melhorar as condições da convenção coletiva. O lucro líquido dos cinco maiores bancos (Banco do Brasil, Caixa Federal, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander), foi de R$ 29,1 bilhões no primeiro semestre deste ano, ante R$ 24 bilhões em 2012.

São aproximadamente 500 mil bancários em todo o país, com data-base em 1º de setembro. A entrega da pauta de reivindicações foi no dia 30 de julho e as negociações ocorrem divididas por temas: saúde e condições de trabalho, emprego e igualdade de oportunidades, segurança e remuneração.

A primeira reunião ocorreu no dia 8 (saúde). A segunda no dia 14 (emprego). Os representantes dos trabalhadores defendem abertura de agências das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho e jornada de cinco horas Acreditam ser uma forma de melhorar a qualidade do atendimento, ampliar os postos de trabalho e reduzir os efeitos das pressões por metas e resultados sobre a saúde – em 2012, o setor tem 21 mil pessoas afastadas por doença profissinal, segundo dados do INSS.

Nesta terça (20), está programada uma mesa temática paa debater condições de segurança. As primeiras rodadas não são conclusivas; as partes apenas apresentam argumentos sobre a situação em cada tema.

Além das cláusulas econômicas, a pauta dos bancários inclui combate à terceirização, ao assédio moral, pede mais contratações, igualdade de oportunidades sem discriminação por raça e gênero, e cota de pelo menos 20% para trabalhadores afro-descendentes.

Os sindicatos programaram manfestações nacionais no dia 22 para pressionar os bancos. Em São Paulo, haverá passeata na região central.

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