São Paulo – O Ministério do Trabalhou e Emprego (MTE) visitou ontem (21) o trecho leste da obra do Rodoanel onde o operário Rogério Reis Barreto, 26 anos, morreu no sábado (18). O acidente ocorreu em Itaquaquecetuba, no Alto Tietê, por volta das 11h30. O funcionário trabalhava em um canteiro, realizando jateamento para concretagem na plataforma. Segundo o auditor José Luiz Lázaro, é necessário realizar nova vistoria para apurar se houve ou não negligência da empresa.

Representantes da SPMAR, consórcio ganhador da licitação da obra, e integrantes da CS, empresa terceirizada à qual Rogério era vinculado, acompanharam a fiscalização. Lázaro afirma, em reportagem da TVT, que o acidente teria ocorrido devido ao aparente entupimento de um tubo que conduzia concreto para uma viga. O entupimento teria impedido o jateamento do concreto e provocado o impacto que provocou a queda de Rogério no lago de 40 metros de profundidade, depois de sofrer um choque na cabeça.

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Segundo a versão da CS, o operário não teria atado o equipamento de segurança, o que teria evitado a queda. Uma nova fiscalização será feita no local com um especialista no assunto. “Um colega fará a análise do acidente, ouvirá as testemunhas para então se chegar a uma conclusão”, afirma o auditor.

A SPMAR lamentou a morte por meio de nota, em que afirma tratar-se de “caso isolado” e que todos os funcionários recebem treinamentos periódicos sobre uso de equipamentos de proteção individual. Um relatório deve ser feito e entregue nos próximos 30 dias.

O Rodoanel Mario Covas tem 43 quilômetros e ligará a cidade de Mauá à rodovia Presidente Dutra, em Arujá. O trecho onde ocorreu o acidente tem canteiros espalhados em seis municípios.