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Metalúrgicos ocupam Via Anchieta em defesa do emprego

Futura Press/Folhapress De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ato reúne funcionários da Mercedes-Benz, Ford e Scania São Paulo – Metalúrgicos que trabalham em montadoras da região do […]

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De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ato reúne funcionários da Mercedes-Benz, Ford e Scania

São Paulo – Metalúrgicos que trabalham em montadoras da região do ABC paulista estão em marcha na pista local da Via Anchieta, no sentido da Baixada Santista. Segundo a Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), a manifestação se estende por cerca de cinco quilômetros, do 13 ao 18. De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o ato ocorre em defesa do emprego e reúne funcionários da Mercedes-Benz, Ford e Scania.

Em entrevista à repórter Anelize Moreira da Rádio Brasil Atual, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, afirma que o trabalhador está indignado por “ter que pagar a conta da crise política”. “Só se fala em crise, mas ninguém trabalha para resolver isso. As empresas alegaram o momento, dizendo que os lay-offs, os Programas de Proteção ao Emprego (PPE) não são mais suficientes e estão querendo demitir os trabalhadores.

Ontem (31), a Mercedes-Benz anunciou um plano de demissão voluntária (PDV) para seus empregados na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). De acordo com a montadora, o plano teve de ser colocado em prática devido à forte queda nas vendas de veículos comerciais registrada nos últimos meses.

Segundo Marques, o sindicato está negociando com as montadoras, mas, as empresas estão endurecendo nas negociações. “As negociações não estão satisfatórias para o sindicato, as empresas estão endurecendo muito, principalmente, a Mercedes que suspendeu ontem o PPE, sem renovar o programa. Essa manifestação é para dar um recado duro às empresas. Os brasileiros não podem aceitar que os trabalhadores paguem a conta da crise política, que tem paralisado os investimentos no país. Não podemos abrir mão dos nossos direitos.”

A fábrica de São Bernado está atualmente com 1,8 mil empregados em licença remunerada, sem prazo determinado para voltar a trabalhar.

Com reportagens da Agência Brasil e Rádio Brasil Atual