São Paulo – Metalúrgicos da montadora japonesa Toyota mantém a greve iniciada na última terça-feira (1), em Sorocaba, no interior paulista. É a primeira vez que os trabalhadores da empresa paralisam as atividades na unidade, que foi inaugurada em agosto de 2012.

Os trabalhadores reivindicam aumento do piso salarial, reajuste no adicional noturno e fornecimento de vale-compra. O Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba disse que vem tentando negociar esses itens com a empresa desde março.

Na última terça, a Toyota apresentou uma proposta, que foi rejeitada pelos trabalhadores, dando início a paralisação. A empresa oferecia aumento real no piso de 1,82% e prometia atender às demais reivindicações apenas em abril de 2014.

“No primeiro trimestre foi protocolada uma pauta com vários pontos. Alguns foram resolvidos e de novo apresentados para a empresa, em setembro. Esta pauta é antiga”, disse o vice-presidente do sindicato, João de Moraes Farani, à TVT. “Foi dado o prazo para empresa chamar a diretoria do sindicato, porém essa proposta não foi atendida, não se chegou a um consenso e então deflagramos greve por tempo indeterminado.”

A unidade tem 1.500 trabalhadores e fabrica 70 mil carros do modelo Etios por ano. O piso salarial na fábrica atualmente é de R$ 1.654, já com o reajuste de 6,07% previsto na campanha salarial da categoria no estado.

“A empresa está esperando o administrativo também fazer sua assembleia para aí entrar em contato com os diretores do Japão e ver se encontramos uma saída para esse impasse”, disse o presidente do sindicato, Ademilson Terto da Silva.

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